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Fórmula Indy

Rosenqvist admite receio de trocar Indy por Fórmula E em 2023: "Gostaria de ficar"

A McLaren ainda não divulgou oficialmente sua dupla de pilotos para a estreia na Fórmula E em 2023, mas Felix Rosenqvist já fala em tom de despedida e ressalta dificuldade em deixar a Indy

25 jul 2022 - 11h15
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Felix Rosenqvist ainda não sabe se vai correr na Indy ou na Fórmula E em 2023
Felix Rosenqvist ainda não sabe se vai correr na Indy ou na Fórmula E em 2023
Foto: Joe Skibinski/IndyCar / Grande Prêmio

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Enquanto aguarda uma decisão definitiva da McLaren sobre seu futuro, Felix Rosenqvist se dedica à disputa da temporada 2022 da Indy. E com a carreira muito provavelmente atrelada à Fórmula E para o ano que vem, o piloto sueco já deixou claro que vai ter dificuldades em deixar a categoria que ocupa atualmente. Não pelo nível em si, mas pelo "ambiente viciante" e pelas pessoas que conheceu em sua empreitada na modalidade americana.

Rosenqvist revelou que tem conversado com Zak Brown, CEO da McLaren, sobre os próximos passos em relação ao seu futuro. No entanto, o sueco admitiu que o papo com o chefe ficou apenas no campo da teoria e se conformou caso precise tomar uma decisão diferente daquela que mais gostaria — ficar na Indy por mais um ano.

"Acho que nem ele [Brown] e nem eu podemos dizer: 'quais são as chances de eu ficar [na Indy]'? Eu já afirmei que gostaria de ficar, porque acho que não há uma razão para ir a outro lugar agora", afirmou Rosenqvist ao portal The Race. "Conheço a situação, você nem sempre pode escolher o que quer. E acho que ainda estou em uma situação de sorte, em que tenho outra coisa alinhada se algo não der certo. Até pilotos da F1 ficam sem assentos", explicou.

"Pensando por esse lado, não é complicado. Mas acho que o mais duro é que eu realmente amo minha equipe", ressaltou. "Eu gosto muito de trabalhar com esse pessoal. Acho que é sempre difícil, pelo lado emocional, pensar que você pode deixá-los, deixar seu local de trabalho", pontuou.

Rosenqvist faz sua segunda temporada pela McLaren na Indy (Foto: IndyCar)

Rosenqvist recentemente renovou seu contrato com a McLaren até o final de 2023, mas a categoria na qual vai correr permanece um mistério. A equipe conta com o sueco e Pato O'Ward em seu time da Indy, mas possui a intenção de adicionar um terceiro carro no ano que vem e sonha com o atual campeão Álex Palou — envolvido em imbróglio com a Ganassi — para o posto, além do já contratado Alexander Rossi, que chega da Andretti.

Assim, Felix já sabe que pode precisar aceitar uma decisão da equipe que não seja aquela que mais gostaria para a carreira, mas destacou que o grupo de trabalho que conheceu na Indy é o motivo principal para querer ficar na categoria por mais algum tempo. Além disso, o piloto descartou se envolver em duas competições diferentes ao mesmo tempo — alguns competidores da Fórmula E disputam simultaneamente o WEC, por exemplo.

"Porque acho que conforme você cresce, você meio que aprende que isso é tudo que quer, você quer um lugar em que seja feliz trabalhando com as pessoas", comentou. "É menos sobre qual campeonato ou qual patrocinador, acho que é tudo sobre ter esse grupo [de pessoas], o que acho que finalmente tenho agora", salientou.

"É duro, mas vamos ver o que acontece. Obviamente, só posso escolher uma coisa. Então, vamos em frente e veremos onde estamos", destacou.

A McLaren já até apresentou seu modelo para o ano de estreia na Fórmula E, que terá o trem de força da Nissan (Foto: McLaren)

Rosenqvist admitiu que é difícil arrancar uma resposta definitiva de Zak Brown, mas aprovou o papo entre os dois sobre o futuro. Apesar disso, o piloto admitiu que ainda não saber seu futuro é uma certa distração, mas que fica para trás quando entra no carro para competir.

"Não tenho certeza, é difícil ter uma conversa porque eu meio que disse para ele como estava me sentindo sobre isso", revelou. "E ele me disse como ele se sente. Eu sei, no final do dia, que é um negócio. Não é nada pessoal. Apenas tentamos fazer funcionar e focamos, acho que a coisa mais importante é o foco nas corridas restantes", prosseguiu.

"Obviamente, é uma distração", admitiu. "Mas sinto que uma vez que estamos na pista, todo mundo é capaz de focar na tarefa. E isso é tudo que precisamos fazer", pontuou.

Por fim, Rosenqvist fez um pequeno balanço de sua participação na Indy, já com um certo clima de despedida. O sueco foi o novato do ano na categoria em 2019, mas sua evolução desde então tem sido menor do que o esperado. Recentemente, conquistou seu primeiro pódio com a McLaren, em Toronto.

Rosenqvist prega foco na disputa da Indy até o final do ano (Foto: IndyCar)

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Para o ano que vem, a McLaren se prepara para disputar a Fórmula E pela primeira vez e vai assumir as operações da Mercedes. Desta forma, foi atrás do experiente René Rast para um dos assentos da equipe e muito provavelmente vai levar Rosenqvist de volta à categoria, na qual já disputou 25 corridas pela Mahindra entre 2016 e 2019.

"Eu passei meus últimos quatro anos aqui [na Indy]", destacou. "Foi difícil de me integrar vindo da Europa, um pouco tarde no estágio da minha carreira. Mas uma vez que você está lá, é um ambiente viciante de se estar. Os carros são divertidos de pilotar, as pessoas são legais — não apenas as que você trabalha, mas os fãs e a mídia também", afirmou.

"É como se fosse uma pequena família viajando pela América do Norte", comparou. "Então sim, eu amo isso com certeza. Vai ser difícil de ir embora, caso eu acabe indo", encerrou.

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