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Fórmula Indy

Menos regular que de costume, Dixon joga primeiro match-point em Indianápolis

Scott Dixon pode fechar a conta do hexacampeonato já no GP de Indianápolis 2, mas muito mais pelo início impecável de temporada do que por sua conhecida consistência

1 out 2020 - 04h16
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Scott Dixon pode ser campeão no final de semana
Scott Dixon pode ser campeão no final de semana
Foto: Indycar / Grande Prêmio

A temporada 2020 da Indy teve um mesmo dono de ponta a ponta. Do alto de seus 40 anos, Scott Dixon lidera a disputa com 72 pontos de vantagem para Josef Newgarden, uma distância confortável e que permite que o neozelandês já possa fechar a conta no final de semana, na rodada dupla do misto de Indianápolis.

Vindo de uma etapa bastante apagada em Mid-Ohio, Dixon construiu sua campanha de uma forma bastante incomum para seus padrões. Conhecido pelo seu lado cerebral, por atuações muito regulares e por ser um piloto de chegada, o neozelandês da Ganassi, em 2020, mostrou uma outra face. Foi um Dixon muito mais demolidor, que praticamente resolveu tudo em um espaço de três corridas.

É que foram nada menos que três triunfos logo de cara e cada um deles com uma história diferente. Na abertura da temporada, em um GP do Texas que foi pura procissão por uma grave falha no asfalto, aproveitou que era a Ganassi quem tinha o melhor carro e comandou a prova, sem sustos. No GP de Indianápolis 1, Dixon viu a sorte sorrir com uma amarela provocada por Oliver Askew, ficando com a melhor tática de paradas possível e enterrando o que era um duelo entre Will Power e Graham Rahal. Por fim, na corrida 1 de Elkhart Lake, viu os rivais Josef Newgarden, Rahal e Santino Ferrucci se complicarem nos boxes e, novamente, surgiu na frente para não sair mais de lá.

Scott Dixon e Chip Ganassi formam uma dupla imbatível desde a abertura de 2020 (Foto: Indycar)

Uma corrida resolvida no ritmo, uma mais na sorte e a outra na eficiência da Ganassi nos boxes, três enredos distintos entre seus triunfos. E aí, mesmo sem ter precisado de qualquer atuação épica e cheia de ultrapassagens realizadas, Dixon garantia o melhor início de temporada que a Indy viu desde Sébastien Bourdais, em 2006, que levou as quatro primeiras etapas na então Champ Car. E já estava claro que só uma catástrofe tiraria seu hexa.

Quase três meses e e oito corridas depois da sequência invicta, a sensação continua a mesma. A diferença para Newgarden e os demais adversários até oscilou, mas ninguém ficou, em momento algum, em posição de ameaçar Dixon. Ainda que o piloto da Ganassi tenha passado bem longe de apresentar a regularidade que tantas vezes o consagrou.

O padrão Dixon indicaria que o neozelandês chegaria no momento de decisão, muito provavelmente, com mais um ou outro pódio e sempre no top-10. Não foi o caso. Mais uma vez, como já vinha sendo no começo do campeonato, foi a versão de Scott dos pontos grandes que apareceu. Tropeços na corrida 2 de Elkhart Lake e nas duas provas em Mid-Ohio? Sem problemas, Dixon compensou com pódio em Iowa, vitória em Gateway com novo trabalho impecável da Ganassi nos boxes e, claro, o segundo lugar na Indy 500, mais agressivo que o de costume e, mesmo perdendo para Takuma Sato, garantindo ampla margem pela pontuação dobrada da corrida.

Scott Dixon perdeu a Indy 500, mas disparou ainda mais na tabela (Foto: Indycar)

No ano mais atípico para o esporte e para o mundo dos últimos tempos, Scott não fugiu da regra. Se o que se esperava era uma campanha de alguém que fosse manter sempre seus 50, 60 pontinhos de frente para os rivais, chegou a abrir 84, 96 e até 117. A distância hoje está menor, em 72, mas reflete um ano de oscilações acima dos padrões.

De todo modo, Dixon chega com margem ainda mais ampla do que se tivesse vivendo uma temporada burocrática e, se nada sair muito controle, vai fechar a conta ainda em Indianápolis, seja na sexta-feira ou no sábado, basta manter a distância para Newgarden acima dos 54 pontos.

Na temporada em que a Honda mais dominou a Chevrolet nos últimos anos, no campeonato em que a Ganassi mais apavorou a Penske, Dixon sobrou. E, se foi menos Dixon do que de costume, não tem problema, porque não teve nenhum de seus rivais vivendo também suas melhores versões. A Indy 2020 é completamente do neozelandês desde a estreia.

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