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Fórmula Indy

McLaren e Andretti se sabotam e ficam pequenas perto de Penske e Ganassi na Indy

Problemas de confiabilidade na McLaren e guerra de pilotos da Andretti só aumentam distância para Penske e Ganassi, que seguem fortes com pilotos na briga pelo título

3 jul 2022 - 17h42
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Scott McLaughlin levou a Penske ao topo
Scott McLaughlin levou a Penske ao topo
Foto: Indycar / Grande Prêmio

CONTRATO SEM CATEGORIA MOSTRA QUE ROSENQVIST É PLANO B DA MCLAREN NA INDY

Desde 2013, diversos pilotos diferentes venceram a Indy, um dos campeonatos mais equilibrados do automobilismo. Scott Dixon, Will Power, Simon Pagenaud, Josef Newgarden e Álex Palou carregam uma coisa em comum: todos levantaram a Astor Cup guiando por Penske ou Ganassi. Mesmo sendo um campeonato parelho, estes dois times crescem sempre que conseguem na hora chave, e por isso, consagram campeões. O GP de Mid-Ohio foi um bom exemplo disso, especialmente pelo derretimento das rivais McLaren e Andretti.

Ontem, a McLaren parecia em uma posição dos sonhos em Lexington. Tinha Pato O'Ward largando na pole-position e pronto para apimentar a briga pelo título vendo os rivais Marcus Ericsson, Josef Newgarden e Will Power largando fora do top-10. Felix Rosenqvist, que faz um ano bem digno até aqui, partiria do quarto posto e poderia garantir um resultado gigantesco para o time. Ambos tinham potencial para dividir o pódio e até vencer em Mid-Ohio.

Rosenqvist, inclusive, foi o destaque da largada, tirando Colton Herta da frente e ficando em terceiro, mas o sonho do sueco durou apenas 9 voltas, vendo o motor Chevrolet estourar, e se despedindo das chances do primeiro pódio do ano. O'Ward largou bem demais e tinha vantagem confortável para Scott McLaughlin, mas viu o câmbio quebrar o tornar uma criatura indefesa na pista, despencando no pelotão sem chance alguma de reação.

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Pato O'Ward teve as chances de título destruídas (Foto: Indycar)

Felix, que é um piloto que depende dos resultados caso queira ficar na Indy, viu a confiabilidade jogar contra. Resultado injusto para quem conseguiu crescer no time, mas mesmo assim não sabe se isso é suficiente para garantir uma vaga em 2023, ou então, retornará para a Fórmula E. Já Pato é um dos grandes pilotos do ano até aqui, mas já são duas corridas com falhas de confiabilidade do time. O mexicano está 65 pontos atrás de Marcus Ericsson, e com o carro deste jeito, fica difícil pensar em qualquer desafio ao título.

Já a Andretti foi completamente inexplicável neste domingo. Alexander Rossi, que vinha bem na temporada, teve postura que já seria lamentável contra qualquer outro piloto do grid, mas contra os companheiros de equipe Romain Grosjean e Devlin DeFrancesco, beirou o inacreditável. Jogou ambos para fora da pista sem completa necessidade.

Grosjean, que já herda um pouco da reputação conquistada na Fórmula 1, também não se ajuda. Mesmo retardatário, tocou no companheiro Colton Herta e o fez rodar já na reta final da corrida. Apesar de alguns pontos altos aqui e ali, não tem sido uma gigantesca temporada do francês no primeiro ano em um carro de ponta.

Colton Herta teve a prova estragada pela equipe e pro Grosjean (Foto: IndyCar)

Herta, que por sinal, não seria tocado por Grosjean se estivesse no fundo. Neste caso, a culpa é completamente da equipe, que tinha o piloto em posição para brigar pela vitória, mas a demora em chamar para o pit-stop em uma bandeira amarela de Tatiana Calderón tirou o jovem americano das posições da frente. O melhor piloto da Andretti em 2022 ainda é Rossi, 92 pontos atrás de Ericsson. O jejum de títulos vai para 10 anos, e só tende a aumentar.

Entre as equipes realmente grandes, a Penske se saiu muito bem. Scott McLaughlin voltou a vencer em uma ótima performance, largando da primeira fila, se valendo do problema de O'Ward e precisando se defender de Álex Palou, que deu um bom pulo na estratégia e voltou ao pódio. Não teve ritmo o suficiente para a vitória, mas esteve ali novamente, o que é importante.

Will Power brilhou. Mesmo após classificação ruim e rodada na primeira volta, se recuperou muito bem valendo da prova movimentada e de manobras muito importantes ao longo da prova. Chegou à frente de Josef Newgarden e Marcus Ericsson, que também se recuperaram bem no domingo, e a briga pelo título segue apertada.

Em duas semanas, vem a primeira prova da Indy fora dos Estados Unidos em três anos. Toronto é uma corrida de rua complicada, em que a classificação mais uma vez será um fator muito importante.

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