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Fórmula Indy

Kanaan diz que "não imaginava que seria tão intensa" maratona entre Indy e Stock Car

Aos 46 anos, Tony Kanaan resolveu conciliar a participação parcial na temporada 2021 da Indy com outras duas categorias e tem sofrido com o ritmo, especialmente por conta das características da Stock Car

3 ago 2021 - 05h17
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Tony Kanaan vai sofrendo com a maratona de 2021
Tony Kanaan vai sofrendo com a maratona de 2021
Foto: Duda Bairros/ Vicar / Grande Prêmio

Tony Kanaan vive uma experiência nova em 2021 ao conciliar Indy e Stock Car. Com um programa parcial na temporada dos EUA, o brasileiro costurou um acordo com a Full Time e veio descobrir o turismo brasileiro. Até agora, uma adaptação dura e uma rotina bastante puxada.

Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO, Tony admitiu que não imaginava que enfrentaria uma maratona tão dura. Ainda que na Indy sejam, com a Ganassi, apenas quatro corridas em três etapas - os ovais do calendário, o brasileiro somou ao cronograma a SRX, um campeonato novo de Tony Stewart com algumas lendas do automobilismo americano.

"Sendo sincero, não imaginava que a a maratona seria tão intensa. O começo da temporada foi relativamente tranquilo, mas depois da Indy 500 corri praticamente todos os fins de semana, com duas categorias em continentes diferentes. A adaptação aos carros fechados é que tem sido a parte mais difícil para mim. Sentei no Indy no Texas e parecia que não havia parado de guiar um dia. Mas, na Stock Car, a pegada é outra. O carro é muito mais pesado e freia muito menos do que estou acostumado. Além da adaptação ser mais lenta, a categoria tem um nível altíssimo de pilotos e os treinos são limitados, o que dificulta o aprendizado", disse ao GP.

Tony Kanaan vai conciliando Indy e Stock Car
Tony Kanaan vai conciliando Indy e Stock Car
Foto: IndyCar / Grande Prêmio

Kanaan, no entanto, não vê a SRX como uma das causadoras da maratona mais pesada porque, diferentemente da Stock Car, não teve dificuldade para se adaptar e o formato das corridas é favorável.

"Na SRX até que foi relativamente fácil. As provas são curtas, os eventos são realizados em um só dia e, apesar de a maioria dos pilotos que participam terem vindo da Nascar, o formato das corridas é feito pensando no show. Pistas bem curtinhas, duas baterias classificatórias, corrida principal de 30 minutos e com bandeiras amarelas programadas. Tudo isso ajuda, acaba que ninguém consegue abrir do pelotão e as coisas embolam bastante. A SRX mostrou ser um sucesso com o público nos autódromos e também na televisão", seguiu.

Tony fez também uma análise da primeira parte da temporada 2021 da Indy. Com pouquíssimos ovais, o brasileiro só teve como disputar três corridas, mas fez top-15 em todas elas, mesmo com as mais diferentes adversidades. No Texas, a chuva que cancelou a classificação estragou os planos.

"Tanto no Texas, quanto em Indianápolis, o meu carro estava muito bom e tinha chances reais de brigar pela ponta. No caso do Texas, a classificação foi cancelada por causa da chuva e tive de largar pela pontuação do campeonato, no caso, a pontuação do Jimmie Johnson. Saí de 22º na largada para terminar em 11º. Na segunda corrida, a posição de largada novamente foi ditada pela posição no campeonato, saí em 19º, mas teve um acidente na minha frente logo na largada, fui espremido no muro e minha suspensão traseira esquerda quebrou. Apesar da equipe ter conseguido trocar a suspensão, voltei três voltas atrás do líder. Aí não dá pra fazer milagre", comentou.

A Indy 500 foi de misto de frustração com satisfação pela recuperação. É que, se antes da prova o baiano sonhava com vitória, terminar no top-10 depois de cair para a última colocação tem seu valor. Não foi o resultado dos sonhos, mas foi mais uma boa atuação.

"Na Indy 500, estava muito confiante. Largamos bem de sexto e nossa estratégia era economizar combustível no início da corrida. Na volta que me chamaram para os boxes para o primeiro abastecimento aconteceu aquele acidente do [Stefan] Wilson nos pits. Para não ficar sem combustível na pista, tive de fazer o pit com a janela de abastecimento fechada e, como penalidade, fui de sétimo para último. Em uma prova onde não era muito fácil se ultrapassar se você não estivesse no grupo da frente, uma peculiaridade desse pacote aerodinâmico, ainda conseguimos terminar em décimo. Não foi de todo ruim", completou.

Já com acordo firmado para 2022, Kanaan vem em 26º na Indy, com menos corridas que praticamente todos os rivais. Na Stock Car, o brasileiro é 28º, com 18 pontos anotados após seis etapas.

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