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Fórmula Indy

Fundador revela 'dedo' de Penske em criação da Force Indy e aponta motivação "econômica"

Também chefe da equipe, que compete na Indy Lights em 2022, Rod Reid falou com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO e apontou papel do chefão Roger Penske na criação da Force Indy

7 jul 2022 - 11h25
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Roger Penske e Rod Reid
Roger Penske e Rod Reid
Foto: Indy / Grande Prêmio

PROBLEMAS NA ANDRETTI: EQUIPE PRECISA CONTROLAR GUERRA DE PERSONALIDADES NA INDY

Fundador e chefe da Force Indy, equipe que compete na Indy Lights em 2022 e trabalha para promover maior inclusão de negros e negras no esporte, Rod Reid concedeu entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO e detalhou o processo de criação do time.

A Force Indy nasceu de um programa de prática do automobilismo - a NXG Motorsports, que existe até hoje e virou uma organização sem fins lucrativos -, cuja missão é levar os aspectos educacionais e vocacionais do esporte a motor a jovens negros nos Estados Unidos. Reid lecionava Indianapolis Motor Speedway quando o mesmo foi adquirido por Roger Penske, em janeiro de 2020.

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Incluir para vencer, vencer para incluir (Foto: Force Indy Race Team)

"Ele não sabia nada sobre as aulas", relatou Reid, sobre o dia em que pediu permissão ao novo dono para seguir dando suas aulas no local. "Ele me perguntou: 'o que você está fazendo?', eu contei para ele. Ele respondeu: 'eu acho isso ótimo, por que não há mais negros e afro-americanos no automobilismo?', e eu disse: 'ninguém no automobilismo abriu as portas de nada; então se você não for bem-vindo, se ninguém te trouxer, você não acha que deveria estar lá'. Ele ficou muito, muito desapontado que as pessoas se sentissem mal recebidas em um local que ele possui. Penske disse: 'vamos trabalhar juntos para continuar trabalho com as crianças na NXG Motorsports e eu adoraria se um menino ou menina afro-americana corresse na Indy 500 novamente'. Eu respondi: 'acho que é um grande objetivo, mas gostaria de ver uma equipe liderada por um menino ou menina afro-americana'", contou.

Nasceu, portanto, a Force Indy. Com fins lucrativos e separada da NXG, mas com todas suas raízes por lá fincadas. Reid também fez questão de esclarecer: Penske não agiu somente por - e para - ser um bom samaritano. Há um óbvio viés econômico na decisão.

"Quando alguém diz que vai fazer algo para apoiar ou ajudar a comunidade negra, é visto como uma esmola, quase como um programa governamental, como: 'estamos fazendo isso apenas para ajudar os negros'. Não. Isso faz sentido economicamente, porque se você está ciente de que há pessoas que se parecem com você nas corridas, como no basquete e no futebol americano, você tende a querer apoiar isso. E quem vai se beneficiar com esse apoio? Os proprietários e os promotores (das corridas). Então, ter mais negros nas arquibancadas não ajuda apenas os negros, ajuda as organizações que possuem as marcas", explicou.

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