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Fórmula Indy

Fórmula Indy não tem margem para erros, diz Nigell Mansell

18 out 2011 - 12h36
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(Reuters) - Quando acontecem acidentes na Fórmula Indy, os pilotos não têm para onde ir senão o muro, disse o ex-campeão de Fórmula 1 Nigell Mansell, enquanto o mundo do automobilismo ainda se esforça para aceitar a morte do piloto britânico Dan Wheldon.

Wheldon morreu em um acidente terrível envolvendo 15 carros no autódromo Motor Speedway, de Las Vegas, no domingo, deixando os torcedores em choque e mergulhando os responsáveis pela competição em crise, enquanto a festa do final da temporada se converteu em tragédia.

Os organizadores anunciaram na terça-feira que o inglês Darren Turner, ex-piloto de testes da F1 para a McLaren, vai tomar o lugar de Wheldon na corrida Gold Coast 600 deste fim de semana, na Austrália.

"Nas provas da Indy simplesmente não há para onde ir. Quando acontece um acidente, você está no muro em uma fração de segundo", disse Mansell à rádio BBC 5.

"Com 34 carros percorrendo um circuito de uma milha e meia a 220 milhas por hora, simplesmente são carros demais."

"O problema é que, quando acontecem acidentes, não são acidentes pequenos. Havia vários pilotos principiantes e outros fazendo sua primeira corrida da temporada."

Mansell, que foi campeão mundial de F1 em 1992 e ganhou o título da IndyCar um ano mais tarde, elogiou a Fórmula 1 por suas medidas de segurança.

"É por isso que a Fórmula 1 faz um trabalho exemplar", disse ele. "O asfalto continua, de modo que o piloto tem tempo de desacelerar o carro."

O piloto Mark Webber, da equipe Red Bull da Fórmula 1, disse que a IndyCar vai aprender com o acidente e procurar fazer melhorias.

Ele afirmou que o que é especialmente perigoso é o fato de haver 35 carros correndo num circuito oval curto, a 350 quilômetros por hora, amontoados.

Dereck Warwick, presidente do Clube Britânico de Pilotos de Corrida, disse que é a habilidade dos pilotos que faz a Fórmula 1 ser mais segura.

"Os pilotos que chegam à Fórmula 1 são todos grandes pilotos que ganharam campeonatos, que partiram da Fórmula 3 para o GP2, antes de conquistarem uma superlicença para poderem correr", disse Warwick, ex-piloto, à 5 Live Sport.

"As vezes questiono o talento nas corridas IndyCar. Os inexperientes geralmente terminam por ter acidentes. Eles precisam mudar um pouco o que estão fazendo."

(Por Sudipto Ganguly em Mumbai)

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