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FIA demora para tomar decisão em Berlim e provoca novo incômodo na Fórmula E

Edoardo Mortara passou a ser investigado por desrespeitar velocidade do pit-lane ainda antes da largada, mas decisão foi adiada para depois da corrida e causou anticlímax na cerimônia do pódio

14 mai 2022 - 13h59
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Mortara foi ao pódio em Berlim sem saber se poderia perder vitória por punição
Mortara foi ao pódio em Berlim sem saber se poderia perder vitória por punição
Foto: Sam Bloxham/Fórmula E / Grande Prêmio

MUDANÇAS À VISTA! MERCADO DE PILOTOS PEGA FOGO NA FÓRMULA E ÀS VESPERAS DE BERLIM

A vitória de Edoardo Mortara neste sábado (14), na corrida 1 do eP de Berlim, ficou ameaçada durante toda a prova. E não por qualquer adversário — já que o suíço da Venturi venceu quase que de ponta a ponta em Tempelhof —, mas pela FIA. Ainda na primeira parte da disputa, a entidade anunciou que o piloto estava em investigação — no entanto, atrasou a decisão até depois da cerimônia do pódio e causou novo incômodo.

O motivo: Mortara ultrapassou o limite de velocidade permitida no pit-lane quando se encaminhava para o grid de largada, ainda antes da apresentação. Ou seja, o incidente registrado pelo piloto da Venturi aconteceu antes sequer da corrida começar, mas o resultado só foi anunciado mais de uma hora depois do encerramento.

É claro que o fantasma da punição pairou sobre o suíço, que evitou fazer qualquer tipo de celebração efusiva na saída do carro, durante a entrevista ou até mesmo no lugar mais alto do pódio. A demora na decisão da FIA dava esperanças aos demais concorrentes, cientes da possibilidade de herdarem a vitória mesmo sem cruzarem a linha de chegada no primeiro lugar.

Tensão durou até depois da corrida, mas vitória de Mortara em Berlim foi confirmada (Foto: Fórmula E)

Após a corrida, depois de todo o mistério — até porque durante a disputa não houve sequer um momento polêmico ou que necessitasse de atenção extrema da direção de prova —, foi anunciado que o piloto receberá apenas uma punição financeira de € 1.200 (aproximadamente R$ 6.320), mantendo a posição em que terminou a disputa.

A reflexão que fica é: será que não faria mais sentido para a própria categoria anunciar a punição enquanto a corrida estava em andamento? Deixar todos cientes de qual seria o resultado é sempre a melhor opção, já que permite uma festa justa no pódio e a sensação de que a corrida foi definida dentro da pista, ainda mais no caso de uma punição financeira.

Se a punição já estava prevista em regulamento, não faz absolutamente nenhum sentido que a decisão seja postergada até depois da corrida. Caso não estivesse, a disputa em Berlim não requisitou tanta atenção dos comissários a ponto de não poderem avaliar a situação ainda no início — ou até mesmo na metade — da disputa.

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Guindaste na pista de Diriyah ameaçou segurança da corrida e expôs dificuldade da FIA em tomar decisões de forma rápida (Foto: Reprodução/Twitter)

Diretor de provas da FIA na Fórmula E, Scot Elkins vem se notabilizando cada vez mais por acompanhar a dificuldade da entidade em tomar algumas decisões rapidamente: em destaque, a demora na punição de Mortara neste sábado e a dificuldade com a remoção da Mahindra de Alexander Sims ainda na primeira etapa da temporada, em Diriyah — quando até mesmo um guindaste chegou a estar presente na pista ao mesmo tempo em que os carros.

No caso de uma corrida extremamente movimentada, em que a direção de prova é requisitada a todo momento, é perfeitamente compreensível que certas decisões — que possuem um grau menor de importância — demorem um pouco mais. Em um incidente registrado antes mesmo da largada e que poderia influenciar diretamente no vencedor da disputa, não. Bola fora da FIA — mais uma vez.

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