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Farfus fala de rodada dupla de 24h em Le Mans e Nürburgring: "Impossíveis de comparar"

O curitibano comentou sobre ter corrido dois finais de semana consecutivos em provas de longa duração, exaltando as participações e pontuando cada experiência

1 out 2020 - 06h02
(atualizado às 08h08)
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Farfus em frente ao carro que comandou em Nürburgring
Farfus em frente ao carro que comandou em Nürburgring
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

Augusto Farfus enfrentou uma verdadeira maratona de corridas em setembro. O brasileiro marcou presença em duas das mais famosas provas de 24 horas - Le Mans e Nürburgring - e contou que foi um verdadeiro desafio fazê-las em sequência, especialmente em condições tão distintas.

O último mês foi bastante movimentado para o curitibano. Em sua quinta participação em Le Mans, chegou a liderar boa parte da prova, mas recebeu a bandeira quadriculada em oitavo ao lado de Paul Dalla Lanna e Ross Gunn. Já em Nürburgring, o pódio foi possível ao terminar na terceira posição junto de Jens Klyngmann e Martin Tomczyk.

"Fazer as duas 24 Horas seguidas foi um desafio único. Na verdade, não deu nem tempo de descansar direito. Voltei de Le Mans no domingo, na terça de manhã já fui para a Alemanha, o descanso foi muito reduzido, as duas semanas foram muito intensas. Mas foram duas 24 Horas, do ponto de vista de marketing e eventos, mais fáceis, pois, infelizmente, não tinha público. Então, o fim de semana, nesse ponto de vista, foi mais fácil", contou ao GRANDE PRÊMIO.

Augusto Farfus durante sua participação em Le Mans
Augusto Farfus durante sua participação em Le Mans
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

"O terceiro lugar foi incrível, lógico. Mas Le Mans era a prova que tínhamos mais chances de vencer, até mais que Nürburgring. Lideramos basicamente 12 horas da prova, tínhamos o carro e o ritmo para ganhar, mas quebrou uma peça na suspenção traseira direita, o que nos fez perder seis voltas. E Nürburgring também, tínhamos carro para vencer a corrida, mas o clima foi uma loteria muito grande. Mas mais do que o terceiro lugar foi o resultado importante para a BMW, que colocou os três carros oficiais nos quatro primeiros lugares", continuou.

"Foi um fim de semana realmente incrível para nós e para a BMW. Lógico, queríamos ter vencido a prova, mas do ponto de vista da empresa, da marca, ter três carros terminando a prova sem problema nenhum é incrível", completou o piloto de 37 anos.

Entretanto, mesmo que sejam duas corridas de 24 horas, as semelhanças param por aí. Enquanto na prova francesa defendeu a Aston Martin, na corrida alemã foi com as cores da BMW. Ainda, as categorias são bastante diferentes, como explicou ao GP. "São dois estilos de corrida diferentes, dois carros diferentes. É sempre bom estar em um carro de corrida, é sempre bom disputar provas de longa duração para trabalhar a parte de concentração, a vista na parte noturna. Mas as duas corridas são tão diferentes e os desafios são tão distintos que não consegue transferir o aprendizado de uma para outra."

A terceira colocação de Farfus na Alemanha
A terceira colocação de Farfus na Alemanha
Foto: Reprodução / Grande Prêmio

"Le Mans tem toda a história, tradição das 24 horas, mas Nürburgring tem aquela pista única. Então, são duas provas impossíveis de comparar, duas provas que só participando você entende o real significado. Tenho de dizer que Nürburgring é sempre mais especial do meu ponto de vista, ou do ponto de vista técnica, como piloto do que Le Mans. Lógico, um terceiro lugar em Nürburgring tem um gosto muito especial. Mas no meu currículo ainda falta a vitória em Le Mans e quem sabe no ano que vem voltamos lá e conseguimos", completou.

Mas as corridas de longa duração ainda não terminaram para Farfus. Até o final do ano, tem mais três desafios pela frente. "Não tenho descanso porque estou indo para Indianápolis, pois vou correr as 8 Horas de Indianápolis no Intercontinental GT Championship. A primeira prova foi na Austrália, 12h de Bathurst, agora é Indianápolis e ainda tem as 24 Horas de Spa-Francorchamps nesse campeonato, daqui três semanas, e para fechar tem Kyalami na África do Sul. É um calendário bem bagunçado por causa do coronavírus, mas muito intenso", concluiu.

Grande Prêmio
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