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Chefe do GP da Rússia faz críticas à declaração da FOPA

30 jan 2019 - 12h07
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A F1 é bastante conhecida pelas disputas internas, com os envolvidos ocupados lutando entre si, lutando por seus próprios interesses, enquanto passam por cima dos interesses dos outros.

Chefe do GP da Rússia faz críticas à declaração da FOPA
Chefe do GP da Rússia faz críticas à declaração da FOPA
Foto: AFP/ ANDREJ ISAKOVIC / F1Mania

Embora seja bem conhecido que as equipes não podem sequer concordar com coisas mundanas, como a água servida nas reuniões, também parece haver uma diferença de opinião entre os promotores de corridas.

Enquanto a maioria dos 21 promotores de corridas atuais, se reunirá com a Formula One Management nesta semana, 05 não compareceram à reunião de ontem da FOPA (Associação de Promotores de Fórmula 1).

Em meio a diversos rumores de um grupo de promotores, um destes promotores afirmou que "Monaco sempre se sentaria em cima do muro", "Baku é um forte defensor da FOPA" e "Os chineses nunca aparecem ou assumem uma posição, pois não há ninguém que possa assumir uma posição sem passar por onze camadas de decisores políticas”.

No entanto, um promotor ligado, juntamente com Abu Dhabi, Bahrein e Japão, é o de Sochi, pelo que não é de surpreender, que Sergey Vorobyev, vice-director-geral do evento Sochi F1, tenha sido um dos primeiros a distanciar seu evento do comunicado da FOPA, enquanto se opunha a ele.

“A declaração é bastante desdentada”, diz ele, de acordo com a Autosport, “porque todas as questões ali indicadas, nesta declaração, estão sendo resolvidas de uma maneira ou de outra no atual formato de comunicação com a Liberty".

“Foi por iniciativa da Liberty que todos os promotores se reuniram em Londres, especificamente para discutir assuntos comuns, com a participação da Liberty Media”, acrescenta. “Eu não vejo a necessidade de uma assembléia separada de alguns promotores. Eu não compartilho a posição do atual presidente da Associação FOPA, Stuart Pringle. Em seus comentários públicos para a mídia, ele tem freqüentemente feito críticas pessoais sobre a liderança da Liberty, e de todo o nosso esporte comum.Eu não acredito que essa abordagem seja construtiva, e portanto, nós, juntamente com vários outros grandes prêmios, e tenho certeza de que haverá mais de nós nos próximos dias, semanas e meses, não são membros da FOPA.”

Entre as questões levantadas na declaração da FOPA, está o acordo de compartilhamento de receita na oferta para Miami, caso isso aconteça, em oposição à taxa padrão de hospedagem aplicável aos atuais anfitriões.

“Se você olhar para o calendário da temporada atual, ele não tem o Grande Prêmio de Miami, então qual é o ponto de ter conversas teóricas sobre como as coisas poderiam ser, agora ou em 2020?” argumenta Vorobyev. “Primeiro você precisaria olhar para os verdadeiros acordos do GP de Miami. E se os promotores de Miami, nossos parceiros e amigos, tivessem algumas disposições especiais, isso seria uma ótima razão para discutir melhorias adicionais nas condições contratuais para outras corridas, no momento, é absolutamente inútil discutir isso, preocupar-se com isso não faz sentido, porque o GP de Miami não está no calendário da F1.”

No entanto, tendo em vista o fato de que a FOPA originalmente surgiu, sob a direção do chefe do GP da Austrália, o falecido Ron Walker, porque os organizadores da corrida estavam preocupados com o impacto que a fórmula híbrida teria em corridas, Vorobyev afirma que o esporte não precisa de uma revisão de suas regras.

“Como todos os participantes do processo, não temos uma compreensão clara de como será a Fórmula 1 a partir de 2021”, disse ele. “Mas pessoalmente, eu realmente acredito em Ross Brown, e em suas habilidades gerenciais e de engenharia".

“Minha opinião pessoal é que a Fórmula 1 deveria se tornar mais real. Deve haver menos regras e menos influência dos comissários na corrida. Os motores de Fórmula 1 podem se tornar menos híbridos, menos amigos do meio ambiente. A Fórmula 1 deve retornar a corridas mais puras e mais duras”.

“Mas ainda não sei se a Liberty, a FIA e as equipes compartilham essa posição. Nos próximos dias, tenho certeza de que teremos a oportunidade de discutir isso.”

Fato é, que no momento em que os promotores majoritários da corrida manifestam publicamente sua inquietação, os relatórios nos Estados Unidos sugerem que a Liberty está querendo vender a F1, ou pelo menos encontrar um acordo substancial com novos investidores, para todo o pacote pós-2020, o que provavelmente é o motivo pelo qual os rumores, como os que apareceram no fim de semana, estão ganhando credibilidade.

Naturalmente, a situação não é ajudada pelo fato, de que o esporte perdeu seu chefe de comunicações durante o feriado de Natal.

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