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F1 terá novo duelo entre Hamilton e Verstappen em Ímola

Segunda etapa da temporada 2021 será disputada neste final de semana no autódromo internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola

12 abr 2021 - 12h48
(atualizado em 13/4/2021 às 18h26)
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Largada do GP da Emilia-Romagna em 2020.
Largada do GP da Emilia-Romagna em 2020.
Foto: F1 / Reprodução

Pelo segundo ano consecutivo, o Grande Prêmio da Emilia Romanga fará parte da temporada da Fórmula 1, em meio às mudanças do calendário provocadas pela pandemia de Covid-19. Em 2020, o circuito recebeu a 13ª etapa do campeonato, marcando o retorno da corrida italiana à categoria, após 14 anos de ausência. Antes, a prova recebia o nome de Grande Prêmio de San Marino.

No ano passado, a 93ª vitória de Lewis Hamilton e o segundo lugar de Valtteri Bottas deram à Mercedes o sétimo título consecutivo no mundial de Construtores, com o qual o time quebrou a sequência de seis títulos da Ferrari, que foram conquistados de 1999 a 2004. Na mesma prova, Daniel Ricciardo levou a Renault pela segunda vez ao pódio em 2020 permitindo que Hamilton se divertisse provando o champanhe na sapatilha do piloto australiano, o "shoey". 

Desta vez, Lewis Hamilton não deseja apenas conquistar a segunda vitória seguida em Ímola (e a 97ª de sua carreira). Por reconhecer a diferença de ritmo que a Mercedes tem em relação à Red Bull - o que ficou evidente nos testes de pré-temporada e na primeira corrida disputada no Bahrein -, o inglês deverá fazer marcação cerrada sobre Max Verstappen. Afinal, apesar de sua estreia vitoriosa na temporada 2021 (com a consequente liderança no Mundial, 13 pontos à frente do rival), foi Verstappen quem dominou os treinos livres e fez a pole.

Hamilton aprecia a champanhe na sapartilha de Ricciardo no pódio em Ímola/2020
Hamilton aprecia a champanhe na sapartilha de Ricciardo no pódio em Ímola/2020
Foto: F1 / Divulgação

Ou seja, existem muitas chances de assistirmos a um novo duelo Hamilton-Verstappen nesta segunda etapa. Vale lembrar que Ímola é um dos circuitos clássicos da F1, e, assim como Interlagos, é uma pista em sentido anti-horário, com 12 curvas à esquerda e nove à direita. Além disso, diferentemente dos circuitos modernos em que as curvas são batizadas com números, as de Ímola têm nomes familiares para quem acompanha a Fórmula 1 como Tosa, Piratella, Aqcue Mineralli e Rivazza.  

Após as mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, em 1994, os locais dos acidentes, as curvas Tamburello e Villeneuve, por exemplo, foram transformadas em trechos de menor velocidade. E as alterações no traçado, realizadas para a corrida do ano seguinte, se mantiveram até 2006, ano em que foi realizado o último grande prêmio no circuito italiano. 

A pista do autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari é estreita, o que dificulta as ultrapassagens, por isso, uma boa estratégia de corrida pode fazer a diferença no resultado individual e de equipe. Com curvas de média e alta velocidades, há áreas de escape com brita que podem provocar diversas intervenções do Safety Car durante a prova - e mudanças na tática das equipes com relação aos pneus.

Foto: F1 / Divulgação

No ano passado, Valtteri Bottas largou na frente no GP da Emilia Romagna, liderou as primeiras voltas, mas terminou na segunda colocação apesar de ter sofrido problemas no assoalho. Na largada, Lewis Hamilton caiu para o terceiro lugar, depois de ser ultrapassado por Max Verstappen. Como o inglês conseguiu poupar os pneus, fez a primeira parada nos boxes quase na metade da corrida, na volta 30, aproveitando um safety car virtual para a retirada da Renault de Esteban Ocon. 

Com a estratégia de fazer uma parada mais tarde e colocar os pneus duros, Hamilton se beneficiou da situação para assumir a liderança da prova. Foi seguido por Max Verstappen até a volta 52, quando o holandês teve o pneu furado e abandonou a corrida na caixa de brita, obrigando o carro de segurança a entrar na pista. 

Uma situação inusitada também marcou esse GP: George Russell rodou sozinho e bateu quando estava atrás do Safety Car, após perder o controle de sua Williams ao tentar aquecer os pneus. Os pilotos da Mercedes aproveitaram para fazer um novo pitstop, colocando pneus macios. Hamilton fez a melhor volta corrida, com 1m15s484, conquistando a nona vitória na temporada de 2020.

Russell cometendo uma "barbeiragem" atrás do Safety Car em Ímola/2020.
Russell cometendo uma "barbeiragem" atrás do Safety Car em Ímola/2020.
Foto: F1 / Divulgação

Verstappen é visto como o principal rival de Hamilton, e caso nenhum imprevisto aconteça no fim de semana, espera-se que a Red Bull ande na frente na classificação e conquiste a sua primeira vitória em 2021. Mas, se compararmos com o desempenho de Hamilton e suas estratégias de poupar pneus que funcionaram no ano passado, além de contar também com a sorte de campeão, o inglês pode vencer a corrida e repetir o pódio do Bahrein com Verstappen em segundo e Bottas em terceiro. 

Embora os embates entre Mercedes e Red Bull estejam apenas no início e a impressão que se tem, até o momento, é que a equipe austríaca pode realmente ameaçar a hegemonia dos alemães, esta não é a primeira vez que a Mercedes é pressionada no início de um campeonato. Em 2017 e 2018, a Ferrari venceu as primeiras corridas na Austrália com Sebastian Vettel. Em 2018, a Mercedes venceu apenas na quarta etapa da temporada, no Grande Prêmio do Azerbaijão. Vettel conquistou as duas primeiras vitórias (Austrália e Bahrein) e Daniel Ricciardo, correndo pela Red Bull, venceu o Grande Prêmio da China. Mas, já sabemos que foi Lewis quem levou o título nessas duas temporadas.  

Façam suas apostas e não percam o Grande Prêmio da Emilia-Romagna neste final de semana!

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