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Em punição incomum, Verstappen terá de prestar serviços comunitários por agressão

Piloto holandês se envolveu em confusão com o francês Esteban Ocon, durante o GP do Brasil

11 nov 2018 - 20h49
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O holandês Max Verstappen sofreu uma punição incomum neste domingo, horas depois do GP do Brasil de Fórmula 1. O piloto da Red Bull terá que prestar dois dias de serviços comunitários por conta dos empurrões que deu no francês Esteban Ocon, da Force India. A confusão foi consequência de um toque de Ocon em Verstappen na metade da corrida no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A punição, rara no universo da Fórmula 1, foi decidida pelos comissários da prova. Os serviços comunitários, a serem cumpridos em até seis meses, serão definidos pela própria Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que não estabeleceu um prazo para anunciar quais e onde serão executados os serviços públicos. Verstappen poderá recorrer da decisão.

A confusão teve início na pista, quando Ocon fez manobra inesperada no "S do Senna" ao tentar disputar posição com o piloto da Red Bull, então líder da prova. O retardatário acabou acertando a traseira de Verstappen, que rodou, deixou a pista e foi ultrapassado com facilidade por Lewis Hamilton.

Ainda dentro do carro, Verstappen chamou o francês de "idiota" seguidas vezes. Ao fim da prova, usou palavrões para expor sua irritação. "De repente, um retardatário tenta disputar com você e assume um risco estúpido. O que eu posso fazer?", disse o holandês. Ocon foi punido com uma parada de dez segundos nos boxes. "A minha penalidade foi ter perdido a vitória. Mas espero poder rir desta situação daqui a 15 anos", disse Verstappen, antes de receber a punição oficial dos comissários.

Ao fim da prova, o piloto da Red Bull foi tirar satisfações com o rival e trocou empurrões na garagem da FIA no momento da pesagem dos atletas. Funcionários da entidade precisaram intervir.

A briga dentro e fora do traçado reavivou uma rivalidade antiga entre os dois pilotos, da época da Fórmula 3 Europeia. "Eu estou acostumado a disputar com Max. Foi a mesma coisa. Voltamos alguns anos hoje", disse o piloto de 22 anos.

Ele se defendeu. Disse que estava mais rápido que o líder naquele momento e tinha pneus mais novos. E pediu uma punição ao holandês, de 21, pelos empurrões. "Os membros da FIA tiveram que o segurar para impedir uma ação mais violenta. Ele queria me dar um soco. Isso não é profissional."

Estadão
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