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Drugovich patina, e vitórias viram necessárias para manter sonho da Fórmula 1 vivo

Felipe Drugovich não iniciou a temporada 2021 no nível das expectativas colocadas antes do campeonato. Agora, brasileiro precisa batalhar

10 jun 2021 - 04h32
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Drugovich foi ao quarto lugar em Baku
Drugovich foi ao quarto lugar em Baku
Foto: Dutch Photo Agency / Grande Prêmio

Felipe Drugovich iniciou 2021 como um dos nomes a se observar na Fórmula 2. O brasileiro fez uma temporada de estreia pela categoria de impacto, levando a modesta MP Motorsport ao topo do pódio em três oportunidades diferentes. Faltou gás e equipamento para o paranaense brigar pelo título no ano passado, mas a impressão foi boa o suficiente para alçar o piloto ao cockpit da UNI-Virtuosi, uma das principais equipes do grid. Porém, o início de 2021 é mais difícil que o esperado para o brasileiro.

A Fórmula 2, visando cortar custos, tomou um caminho diferente nesta temporada, reduzindo o número de etapas e as transformando em rodadas triplas. Logo, dois fatores viraram fundamentais para pilotos que desejam se tornar desafiantes ao título: a classificação para a corrida principal e a regularidade. Drugovich sofre com dificuldades em ambos no início do ano.

No Bahrein, Felipe se classificou muito bem, com a terceira posição, mas não conseguiu transformar o bom lugar no grid em grande fim de semana. Falhou em pontuar nas corridas curtas e um modesto 9º lugar na prova principal que veio por uma punição ao infringir o procedimento de safety-car. Em Mônaco, Drugovich soube aproveitar da vantagem da UNI-Virtuosi e teve suas melhores performances do ano, indo ao pódio duas vezes. Na única corrida em que esteve fora dos pontos, foi prejudicado por uma estratégia horrível da equipe, que também prejudicou o companheiro Guanyou Zhou.

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Drugovich subiu ao pódio em Mônaco
Drugovich subiu ao pódio em Mônaco
Foto: Sebastiaan Rozendaal/Dutch Photo Agency / Grande Prêmio

Já na etapa do Azerbaijão, a classificação acabou custando. Como alinhou em 11º, não pode entrar no grid invertido da corrida 1. Uma batida com Liam Lawson deixou as coisas ainda piores para recuperação na corrida 2. Ainda salvou bons pontos na prova principal, mas o estrago já estava feito por conta do sábado.

Ao mesmo tempo em que Drugovich não iguala as expectativas colocadas antes da temporada, o companheiro de equipe Guanyou Zhou vive situação contrária. O chinês lidera o campeonato mesmo após o fim de semana longe do ideal no Azerbaijão. A capacidade de somar muitos pontos durante as etapas e especialmente de vencer corridas estão ao favor do chinês de 22 anos, que carrega mais bagagem que Felipe na Fórmula 2 e dentro da UNI-Virtuosi.

Na nona posição e 37 pontos atrás, Drugovich ainda tem 5 etapas e 15 corridas para reverter a situação. O brasileiro precisa vencer para manter o sonho da Fórmula 1 vivo, especialmente em uma era de grid tão qualificado, com poucas vagas do pelotão atual em risco e em um universo em que é raro pilotos jovens desembarcarem na F1 sem a presença em uma academia de jovens pilotos.

Com uma nova pausa, a Fórmula 2 retorna em Silverstone. Um circuito permanente, diferente de Mônaco e Baku, que com muros próximos, rendem uma chuva de acidentes dos pilotos mais inexperientes. É na Inglaterra que Felipe tem a grande chance de iniciar uma forte retomada se ainda deseja disputar o título.

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