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Atletismo

Gatlin pede desculpas por doping e se diz triste com vaias em Londres

22 ago 2017 - 10h42
(atualizado às 10h42)
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Responsável por acabar com a hegemonia de Usain Bolt na prova dos 100m, o americano Justin Gatlin, campeão mundial da prova em Londres, no torneio que teve fim na semana passada, veio a público oficialmente para pedir desculpas pelas duas punições por doping, e disse que as vaias no estádio Olímpico, quando aparecia em destaque para o público durante as competições, o machucaram.

"As vaias me machucaram. Eu não estava lá por mim, mas por meu país. Talvez as vaias fossem para mim, mas eu estava no pódio pelas pessoas que me amam e pelo país que eu amo", disse Gatlin em entrevista ao canal ITV News.

Leia mais: Usain Bolt se lesiona na última prova da carreira e fica sem medalha

Além dele, outro americano também bateu Bolt. Na prova final, Christian Coleman conquistou a medalha de prata e o jamaicano, sem apresentar a melhor forma de outrora, terminou em terceiro.

Gatlin, aos 35 anos, foi medalha de ouro na Olímpiada de Atenas, em 2004, e campeão mundial em 2005, em Helsinki. Em 2001, escapou de uma suspensão - levando apenas advertência -, e foi suspenso, sem escapatória, e por quatro anos, em 2006. "Se eles querem uma desculpa oficial, eu me desculpo. Me desculpo por qualquer erro que eu tenha cometido no esporte", ponderou.

Na primeira vez em que foi flagrado com a presença de substâncias proibidas, o americano levou uma pena de dois anos, mas acabou sendo apenas advertido ao alegar que o remédio era parte de um tratamento para déficit de atenção, tomado desde a infância. Ao testar positivo para testosterona, em 2006, foi suspenso por oito anos. A sua defesa, porém, argumentou as circunstâncias do primeiro caso e ele teve a pena reduzida pela metade.

Perguntado sobre o motivo por nunca ter falado sobre o assunto, Gatlin fez uma revelação: "A carta que eu escrevi [para a Federação Internacional de Atletismo (IAAF)] foi suprimida por quase seis anos. Não tenho certeza quem ou porque suprimiram. Mas eu pedi desculpas. Eu comecei a participar de um programa onde eu falava com as crianças sobre armadilhas de pessoas erradas, para elas seguirem o caminho e fazer as coisas certas. Eu era um modelo para o futuro. E ainda me sinto assim", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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