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Empate com o Atlético-PR mantém jejum do São Paulo

Desempenho da equipe no Morumbi gerou protestos dos torcedores

20 out 2018 - 20h57
(atualizado às 21h06)
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"Não é mole, não. Eu estou cansado de time amarelão". Esse foi o tom dado pela torcida tricolor após o empate por 0 a 0 diante do Atlético-PR, diante de 13.053 pessoas no gelado estádio do Morumbi. O resultado levou o jejum de vitórias do São Paulo para seis rodadas no Campeonato Brasileiro e manteve o Furacão com péssimo retrospecto longe de seus domínios (9 derrotas e 6 empates).

A igualdade, além de elevar a pressão sobre os paulistas, deixou o ex-líder na quarta colocação, com 53 pontos, seis atrás do Palmeiras, que ainda entrará em campo nessa 30ª rodada. Os paranaenses, por sua vez, ficam com 40 pontos, na oitava posição.

Como já se suspeitava na véspera, Além de Anderson Martins e Bruno Peres, suspensos, Diego Aguirre barrou Nenê e Jucilei do time titular. Luan e Gonzalo Carneiro foram os escolhidos pelo treinador na busca pela eficiência de outrora. O Atlético-PR, por sua vez, surpreendeu apenas ao deixar Lucho González no banco de reservas.

Rojas e Wellington disputam a bola
Rojas e Wellington disputam a bola
Foto: Miguel Schincariol / Estadão

Na prática, nenhuma das duas equipes conseguiu executar bem sua estratégia de jogo durante o primeiro tempo. A temperatura baixa no Morumbi pode ter contagiado os jogadores em campo, responsáveis por nenhuma bola ter ido a gol até o intervalo.

O único lance de perigo nos 45 minutos iniciais partiu do grandalhão atacante uruguaio do São Paulo. Uma saída de bola errada dos zagueiros paranaenses deixou a bola nos pés de Carneiro. Com sua passadas largas, o jovem aplicou um lindo drible da vaca em Paulo André e cruzou. Diego Souza saltou o quanto pôde, suficiente apenas para pegar de casca de cabeça e mandar a bola no travessão.

Foi só. O São Paulo ficou menos de 40% do tempo com a bola sob seu domínio, não chegou a 100 passes trocados e viu o adversário cozinhar a partida no restante. Uma pixotada do goleiro Jean que rumou à lateral ao ter a bola recuada resumiu bem o tamanho da frustração dos são-paulinos nas arquibancadas com o que estava sendo apresentando.

As escalações se perpetuaram para a etapa final. A postura, entretanto, mudou. Os donos da casa passaram a se impor, principalmente no campo de ataque, diante de uma equipe paranaense cada vez mais permissiva e passiva.

Reinaldo marca Raphael Veiga
Reinaldo marca Raphael Veiga
Foto: Miguel Schincariol / Estadão

As jogadas mais agudas, que levavam algum tipo de perigo ao gol de Santos, continuavam dependendo da inspiração de Gonzalo Carneiro, o melhor no gramado. Disposto, voluntarioso e com bons recursos técnicos, o conterrâneo de Aguirre aplicou chapéu, roubou bola no meio de campo, armou pelo menos três contra-ataques. Só não conseguiu colocar a bola na rede e nem contou com a colaboração de seus companheiros.

Nenê, então, foi chamado aos 22 minutos para tentar, literalmente, resolver o problema. Sobrou para Diego Souza. O esquema mudou, e o jogo também. Antes burocrática e lenta, a partida ficou aberta e elétrica.

Em pouco tempos, os dois times desperdiçaram chances claras de gols. Rojas não aproveitou saída errada de Santos com os pés, Pablo cabeceou bola no travessão de Jean, Nikão só não foi às redes por causa de um desvio da zaga tricolor e, por Nenê, arriscou e viu sua bola despretensiosa também tocar a trave.

Apesar dos pesares, o apito final decretou o 0 a 0, aumentou ainda mais o tormento do São Paulo e manteve o Furacão como um visitante que pouco incomoda. As atenções, então, ficaram com parte da torcida tricolor, que não escondeu sua insatisfação e protestou. "Não é mole, não. Eu estou cansado de time amarelão", gritaram os organizados.

Nesse clima melancólico, os são-paulinos passarão a semana toda trabalhando para o próximo desafio, contra o Vitória, no Barradão, às 19h30 de sexta-feira. No dia seguinte, o Furacão receberá o Botafogo, às 21h, na Arena da Baixada.

Jean cobra tiro de meta
Jean cobra tiro de meta
Foto: Miguel Schincariol / Estadão

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 0 X 0 ATLÉTICO-PR

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 20 de outubro de 2018, sábado

Horário: 19 horas (Brasília)

Árbitro: Péricles Bassols (PE)

Assistentes: Clóvis Amaral da Silva (PE) e Cleberson Leite (PE)

Cartões amarelos: Edimar, Nenê (SP); Santos, Nikão (CAP)

Renda: R$ 495.527,00 bruta (renda líquida: R$ 242.761,49)

Público: 13.053 pessoas

SÃO PAULO: Jean; Araruna (Liziero), Arboleda, Bruno Alves e Edimar; Luan, Hudson e Gonzalo Carneiro (Tréllez); Joao Rojas, Reinaldo e Diego Souza (Nenê)

Técnico: Diego Aguirre

ATLÉTICO-PR: Santos; Jonathan, Paulo André, Léo Pereira, Renan Lodi; Wellington, Bruno Guimarães, Raphael Veiga (Lucho) e Marcelo Cirino (Marcinho); Nikão e Pablo

Técnico: Tiago Nunes

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