Atlético-PR pode fazer história em ano de superação
Time saiu da vice-lanterna do Brasileirão para disputar vaga do G-6 na última rodada e está na final da Copa Sul-Americana
O Campeonato Brasileiro do Atlético-PR parecia um fiasco até a metade da competição. O time fez várias partidas com atuações muito ruins e, por isso, chegou à 18ª rodada como vice-lanterna, com 15 pontos, somente um à frente do Paraná. Naquele momento sua torcida já começava a prever uma disputa acirrada da equipe pela fuga do rebaixamento. O roteiro, porém, se alterou bastante e o Atlético-PR vai para a última rodada do Brasileiro lutando por uma vaga na Libertadores de 2019.
Não é só isso. Aliás, é muito mais que isso. Com nova vitória convincente sobre o Fluminense na noite dessa quarta (28), por 2 a 0, no Maracanã (já havia vencido pelo mesmo placar em Curitiba), o Atlético-PR credenciou-se à decisão da Copa Sul-Americana. O adversário vai sair do confronto entre Junior Barranquilla ou Santa Fé, ambos da Colômbia - a definição da vaga sai nesta quinta (29).
Vai ser a primeira vez que o Atlético-PR disputará uma final da Sul-Americana. Antes, pela Libertadores, em 2005, decidiu o título com o São Paulo e ficou com o vice. Naquela oportunidade, o time teve de fazer o jogo como mandante no Beira-Rio, em Porto Alegre. A Arena da Baixada não tinha capacidade mínima de público exigida pela Confederação Sul-Americano de Futebol.
O segredo da atual reviravolta passa pela presença do técnico Tiago Nunes no comando da equipe. Ele dirigia a equipe de aspirantes do clube e substituiu Fernando Diniz após a 13ª rodada do Brasileiro, quando o Atlético-PR perdeu para o Botafogo e ficou em penúltimo lugar. Conseguiu aos poucos harmonizar o ambiente e montou um time aguerrido, forte na marcação e que não tem medo de atacar, em busca incessante pelo gol.
A marca do time é o equilíbrio entre os setores e um grupo mesclado, com veteranos e jovens jogadores. Mérito de Tiago Nunes, que desde sua chegada ainda permanece como interino. Ou seja, o Atlético-PR pode conquistar seu primeiro título internacional com um técnico que nem sequer foi efetivado no comando da equipe.
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