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Cruzeiro na final da Copa do Brasil reforça bom retrospecto do futebol mineiro

27 set 2017 - 08h00
(atualizado às 10h04)
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Em 2011, Atlético e Cruzeiro abriram a última semana de dezembro na seguinte situação: o Galo comemorava o objetivo principal de escapar da segunda divisão enquanto a Raposa trabalhava forte para ainda escapar dela. O fim dessa história todos já sabem, com o histórico placar de 6 a 1. Essa, porém, foi a última vez que o futebol mineiro ficou esquecido no fundo do poço do Brasil.

Em 2012, o Cruzeiro ainda precisou de uma reestruturação. O clube passou a ser comandado por Alexandre Mattos que iniciou o planejamento. Já o Galo sofria grande pressão de seu torcedor e não tinha tempo para errar mais. Ganhou na metade do ano o reforço de Ronaldinho Gaúcho e conseguiu fazer uma bela campanha no Brasileirão, ficando com o vice-campeonato. Além disso, voltou a disputar a Copa Libertadores após 13 anos longe do torneio.

As temporadas 2013 e 2014 foram as mais vitoriosas do futebol mineiro. O Galo comemorou o título da Copa Libertadores, conquistado em uma mistura de sorte, raça e competência. Já a Raposa, que iniciou um planejamento do zero, chegou em dezembro como campeão brasileiro.

Em 2014, o Cruzeiro seguiu da mesma forma. Conseguiu segurar o time e seguiu sendo o melhor do Brasil. Tinha ainda a oportunidade de voltar a fazer história chegando a final da Copa do Brasil. Já o Galo iniciou aquele ano mal, mas recuperou com a chegada do técnico Levir Culpi. Conseguiu também avançar as finais da Copa do Brasil e surgia ali a histórica decisão local de uma competição nacional. O Atlético se saiu melhor e, no fim das contas, a dupla mineira mais um ano comandou o futebol.

O ano seguinte foi de dificuldades para o Cruzeiro. A Raposa não conseguiu segurar peças importantes como Everton Ribeiro e Ricardo Goulart e sofreu para repor. O Galo seguiu com um grande time e disputou o Brasileirão, mas não superou o Corinthians. Em 2016, a situação se repetiu, o Atlético disputou na cabeça o Brasileirão e chegou a final da Copa do Brasil contra o Grêmio, ficando com o vice-campeonato.

Em 2017, quando o Galo está mal, o Cruzeiro assume a condição de guiar o futebol mineiro rumo a cabeça. Com o comando do experiente Mano Menezes, o time azul chegou a final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, e disputa na noite desta quarta-feira, no Mineirão, o titulo. Uma vitória simples é o suficiente para a Raposa levar a taça.

O detalhe é que nos últimos anos os mineiros ficam no topo das tabelas, mas a situação financeira é bem diferente dos rivais brasileiros. Em comparação aos rivais do eixo Rio-São Paulo, a dupla mineira tem mais dificuldades para "fazer futebol".

Para se ter uma ideia, os finalistas da Copa do Brasil 2017 entram em campo com o mesmo patrocínio estampado nas camisas. Os valores repassados , no entanto, são bem diferentes: enquanto a Raposa leva R$ 11 milhões para divulgar o banco, o Rubro-Negro embolsa R$ 30 milhões. Ambos podem aumentar os valores com premiações - algo que vai acontecer para um dos dois nesta noite.

Atlético e Cruzeiro recebem R$ 11 milhões da Caixa. O Corinthians em 2017 decidiu não renovar o vínculo com o banco por causa dos valores oferecidos, muito abaixo do esperado e do último contrato: apenas R$ 18 milhões, antes era a mesma quantidade do Flamengo.

Além de observar as verbas arrecadadas com os patrocínios em camisas, é necessário também lembrar os valores de cotas de TV, com Atlético e Cruzeiro ficando atrás de Flamengo, Vasco e Corinthians, segundo estudo realizado pelo Itaú.

Com poder financeiro menor, tanto Atlético quanto Cruzeiro não fazem feio em relação aos maiores concorrentes, conseguem ter times competitivos e brigam sempre no topo da tabela.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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