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Argentina deixa Copa América menos europeia e mais perto de título

7 jul 2019 - 05h11
(atualizado em 8/7/2019 às 22h16)
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A Argentina completou na Copa América de 2019 o seu 26º ano sem conquistar uma taça oficial, mas sai do Brasil bem mais identificada com o seu povo e preparada para, na próxima temporada, tentar findá-lo diante da torcida. Com uma identificação criada na base do "nós contra eles", exacerbado após a semifinal contra o Brasil, os argentinos deixaram de lado a "europeização" que incomodava a muitos dos seus torcedores.

Como não podia ser diferente, toda essa transformação passa primeiro pelo craque Messi. O camisa 10 soltou o verbo após ser eliminado pelo time da casa na terça-feira e foi além no sábado, quando acabou expulso de campo pelo paraguaio Mario Díaz de Vivar. Tudo isso quando já mostrava-se um líder que agora canta o hino a plenos pulmões antes das partidas.

"A Copa está armada para o Brasil", disse o atacante, em fala que podia ser relacionada a diversos nomes da história argentina - e brasileira, se fosse o inverso -, mas que não combina tanto com o ar europeu. Aos 32 anos, Messi ainda pediu que Lionel Scaloni fosse mantido no cargo e elogiou os jovens escolhidos para o torneio. "São jogadores que amam a seleção, espero ajudar nesse processo", assegurou.

A ideia de Messi parece destinada ao torneio do ano que vem, que marca a fixação da Copa América em anos pares, semelhante ao que acontece na Eurocopa. Com sede tanto na Argentina quanto na Colômbia, o torneio parece ideal para reerguer um grupo que, mesmo tento um dos melhores da história consigo por mais de uma década, ainda não levantou uma taça.

Fazem companhia a esse Messi mais argentino outros nomes contestados por não ter passagem marcante por clubes locais, especialmente Paulo Dybala. Reserva durante a maior parte da competição, ele foi titular frente ao Chile, marcou um gol e se disse cada vez mais confortável com a camisa da seleção. Foi o primeiro gol dele em torneio oficiais pelo seu país, apenas o segundo pela equipe. Tudo isso já sendo um dos destaques do futebol mundial há três temporadas.

O próprio canhoto reconhece que a seleção vive um momento especial mesmo com a ausência na final. Calmo e atencioso na saída da Arena Corinthians, passou um raro longo tempo conversando com os jornalistas a respeito dessa fase. Questionado sobre como fora o papo com o técnico Lionel Scaloni na sexta, no Pacaembu, ele preferiu não dar detalhes, mas mostrou esperança de dias melhores pela frente.

"Isso são coisas que ficam no vestiário. São coisas do grupo. Formou-se um grupo muito legal com esses garotos, com um futuro muito grande", disse, colocando no meio do "grupo" até alguns jornalistas. Nas suas palavras, a versão mais crítica dos argentinso com a seleção deu lugar a um amor maior pela equipe.

"Estamos muito agradecidos pelo apoio da torcida, pelo apoio de vocês (jornalistas), quando estamos mal é importante que tenhamos esse apoio nos momentos difíceis. Tomara que, no ano que vem, na Copa América da Argentina, possa ser desta maneira, com um grupo lindo, e com um resultado melhor", concluiu Dybala.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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