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Após 20 anos, COB entregará medalha olímpica de Sydney-2000 para Cláudio Roberto

Brasileiro disputou as eliminatórias da prova, mas acabou não sendo premiado pelo Comitê Organizador

25 nov 2020 - 17h07
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quarta-feira que fará no Troféu Brasil de Atletismo, no dia 13 de dezembro, em São Paulo, a entrega da medalha de prata para o ex-velocista Cláudio Roberto Sousa pela conquista do revezamento 4x100 metros nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, na Austrália. Há pouco mais de 20 anos, o brasileiro disputou as eliminatórias da prova, mas acabou não sendo premiado pelo Comitê Organizador.

Cláudio Roberto receberá a medalha das mãos do presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, e dos titulares da equipe - Vicente Lenilson, Edson Luciano, André Domingos e Claudinei Quirino -, que participarão da homenagem.

"Estou muito feliz desde o momento em que recebi a confirmação de que receberia a medalha. E com a definição da data, já estou suando frio. São 20 anos de espera. Há algum tempo, eu já tinha desencanado. Desistido não, mas parei de ir atrás. De repente, as coisas voltaram a acontecer e a vontade de ter a medalha aflorou, ficou mais forte. Valeu a pena esperar. É uma bela maneira de relembrar aquela equipe maravilhosa, valorizar a conquista, que foi a única medalha do atletismo brasileiro naquele Jogos. A história da minha medalha dá um valor ainda maior a essa conquista. Posso resumir tudo isso em felicidade", celebrou Cláudio Roberto, que fez questão de agradecer a todos que o ajudaram.

"Não posso deixar de agradecer ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que reconheceu o meu direito à medalha, e ao COB, que fez o contato para resolver esse dilema. Também agradeço aos meus parceiros do revezamento e ao treinador Jayme Netto. Também ao Katsuhico Nakaya, meu treinador individual, uma parceria que rendeu a medalha olímpica, a participação em dois Jogos Olímpicos, um Pan e quatro Mundiais", ressaltou o brasileiro.

A busca pelo reconhecimento ao velocista recomeçou em 2019, quando o vice-presidente do COB, Marco La Porta, se encontrou com Cláudio Roberto em Teresina, cidade-natal do atleta. A entidade, através de carta da presidência, fez nova consulta sobre o assunto junto ao COI e, depois de uma troca de mensagens, apresentação e análise de provas e documentos, recebeu o comunicado que a entidade concordava com o pedido e enviaria a medalha ao país.

"Cláudio Roberto Sousa receberá uma homenagem à altura de seus feitos para o esporte olímpico brasileiro. Sua participação nas eliminatórias foi fundamental para a prata olímpica do revezamento 4x100m em Sydney-2000. O COB fez tudo que esteve ao seu alcance para viabilizar essa merecida honraria e, mesmo com os Jogos Olímpicos adiados para o ano que vem, temos a alegria de dizer que Brasil não ficará sem medalha em 2020", afirmou Paulo Wanderley.

Atualmente com 46 anos, Cláudio Roberto foi o responsável por fechar o revezamento brasileiro nas eliminatórias, ao lado de Vicente Lenilson, Edson Luciano e André Domingos, com o tempo de 38s32, segunda melhor marca daquela fase. A partir da semifinal, ele foi substituído por Claudinei Quirino, que manteve o alto nível do quarteto brasileiro até a decisão, quando foi superado o recorde brasileiro da prova (37s90).

Estadão
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