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Coluna da Monica

Santo Sudário
10 de julho de 2002

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O Sudário é um lençol funerário, medindo 4,36 m x 1,10 m, que tem gravada a figura inteira (frente e costas) de um homem flagelado e crucificado. É um tecido de linho, de cor parda, cuja trama permite dizer ter sido feito por um tear primitivo, similar aos usados pelos povos dos tempos de Cristo.

Os Evangelistas se referem a este lençol comprado por José de Arimatéia e que serviu para envolver o corpo de Jesus Cristo antes de ser colocado no sepulcro. Há mais de dois mil anos essa relíquia tem intrigado todos que dela tomam conhecimento, sendo que, nos últimos sessenta anos, o estudo de brilhantes cientistas do mundo inteiro tem contribuido para que hoje se possa afirmar ser o Cristo dos Evangelhos.

No Sudário existem dois tipos diferentes de manchas. O primeiro, perfeitamente reconhecível; são manchas de sangue que ficaram impregnadas no tecido pelo contato direto do corpo. O outro tipo são manchas do corpo inteiro, impressas em "negativo" e enfumaçadas, que nitidamente dão a impressão de relevo à figura. A ciência comprova que não se trata de nada aplicado ao tecido. Alguns cientistas defenderam a hipótese de manchas vaporigráficas, ou seja: o corpo, depois de ter recebido ervas aromáticas como "aloés e mirra" usados no sepultamento, teria desprendido vapores capazes de gravar o tecido.

Nas costas do Homem do Sudário pode-se perceber mais de uma centena de golpes que foram dados por dois carrascos, batendo de ambos os lados, com um açoite chamado flagrum, composto de um cabo de madeira e tiras de couro com chumbinhos ou ossinhos de carneiro nas pontas. A face, a cabeça e a nuca do Homem do Sudário estão cheias de manchas de sangue, causadas, de acordo com o estudo dos anatomistas, por instrumentos pontiagudos. Segundo o Evangelho, foi preparado para o Cristo uma coroa de espinhos, colocada no couro cabeludo a pauladas.

O criminoso condenado a pena da crucificação era obrigado a carregar pela cidade o patibulum - trave horizontal da cruz. E deitado sobre ela, pregavam os seus pulsos. Depois, elevavam a trave, encaixando a madeira horizontal em outro vertical (stipes) já fincada no solo. Em seguida, os pés eram pregados no stipes.

Costuma-se representar o Cristo com cravos que lhe transpassavam a palma das mãos. Segundo os anatomistas e com base nas marcas do Sudário, os cravos das mãos entraram numa região do pulso denominada "espaço de Destot", ou seja, o espaço entre os ossos do pulso. No caso do cravo nos pés, pode-se notar através do Sudário, que o pé esquerdo foi pregado em cima do direito.

Cristo teve o peito transpassado por uma lança e da ferida saiu água e sangue, conforme descrito nos Evangelhos. Realmente, no lado direito do Sudário há uma grande chaga acompanhada de um derramamento abundante de sangue. Segundo os anatomistas, a lança teria entrado no quinto espaço intercostal e atravessado o peito, atingindio o aurículo direito. Na sua trajetória, teria rasgado os tecidos pulmonares, causando um derramamento do líquido pleural.

Em 1532 um incêndio danificou o Santo Sudário. Como a urna era feita de prata, escorreu candencente e uma gota perfurou o tecido. No ano de1578 Emanuel Filiberto transferiu o Santo Sudário para Turim, Itália, permanecendo até os dias atuais.

Monica Buonfiglio