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Monica Buonfiglio
COLUNA DA MONICA
03 de julho de 2002
Combustão espontânea

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Chamado Spontaneous Human Combustions ou SHC, o fenômeno também é designado com o nome de "pirocinesia". A combustão espontânea é uma inflamação no corpo humano, sem a possibilidade de descobrir a causa.

Como isso pode ocorrer se o corpo humano é composto de 80% de água? Sabe-se que os seres humanos são combustíveis, mas de péssima qualidade. Experiências mostram que, para queimar um cadáver - sem a ajuda do carvão e de óleo, como ocorreu durante as grandes epidemias -, são necessários duzentos quilos de madeira e mesmo assim, os ossos permanecem inteiros.

No SHC, os ossos são destruídos totalmente, reduzidos a pó. Na maioria dos casos, o SHC leva à morte, pois quem sofreu uma combustão, desenvolveu cargas elétricas de 30 mil volts no corpo.

Segundo o estudioso de temas paranormais, Georges Pasch, "a primeira descrição do fenômeno ocorreu em 1763. Uma senhora de sessenta e dois anos de idade queimou-se quando estava em seu quarto. Quando os policiais entraram, o quarto estava coberto com uma fuligem em suspensão. Essa fuligem era úmida, colante e exalava um odor fétido. Os móveis e o assoalho nada sofreram. Por outro lado, os ossos da mulher foram reduzidos a pó, o que exigiu uma temperatura de 1.300º C".

Outro fato curioso: não existe a possibilidade de apagar o fogo com água. Poderia ser, portanto, um processo de combustão ocorrida em uma temperatura muito alta, com uma decomposição radioativa, ou seja, existe a destruição da matéria, mas não ocorre uma elevação da temperatura no local. A maioria das vítimas tinham um perfil muito parecido: mulheres, idosas e sedentárias. Antes da primeira descrição de SHC, pessoas próximas das vítimas eram consideradas criminosas e julgadas como tal. Depois da primeira pesquisa, um médico conseguiu absolver e salvar um acusado.

O caso mais conhecido de SHC ocorreu no dia 1 de julho de 1951 com Mary Hardy Reeser, de sessenta e sete anos. Os vizinhos sentiram um cheiro fétido extremamente forte do apartamento em que ela vivia. O ar do ambiente era muito quente. Os policiais declararam que existia um círculo de 120 centímetros de diâmetro, onde se encontravam uma quantidade de molas de um assento e um resto de corpo. O chefe de polícia declarou: "Até onde podem ir as explicações lógicas, ai está uma das coisas que simplesmente não pode acontecer, mas aconteceu".

Monica Buonfiglio