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Monica Buonfiglio
COLUNA DA MONICA
14 de janeiro de 2003
O instinto da natureza animal

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O interesse do homem pelos animais é o reflexo da materialização de seus complexos psíquicos e simbólicos. Jean-Jacques Rousseau dizia que "a liberdade é a faculdade de se emancipar do determinismo do instinto animal". Os animais inspiram os homens nas artes, nos sonhos e nos processos xamânicos. Há inúmeras identificações e correspondências entre os homens e os animais, arquétipos que representam as camadas mais profundas do inconsciente e do instinto. Contudo, apesar de seres irracionais, a maioria dos animais vivenciam a fraternidade, convivendo harmoniosamente em grupos.

Um exemplo disto são os elefantes que estão sempre com a emoção à flor da pele. Quando um deles morre, os outros fazem verdadeiros rituais fúnebres: formam um círculo em torno do cadáver e depositam sobre este folhas e galhos, enquanto choram copiosamente. O sentimento de amparo é visível, pois o pequeno órfão, será acompanhado por dois adultos, ficando desta forma, mais protegidos dos predadores.

Com os seus corpos, os animais expressam emoções. Nas espécies que andam em grupo, eles adoram se tocar. É comum ver girafas cruzando carinhosamente os pescoços ou encontrar leões-marinhos dormindo bem próximos. Os ursos, por exemplo, quando estão alegres, brincam com seus irmãos.

O instinto da preservação da espécie é notada em praticamente todos os animais. As fêmeas gostam de ter seus filhotes sempre grudados ao corpo, como o macaco. Se os filhotes afastam-se das mães, estas ficam agressivas. Perpetuar a própria espécie é o instinto mais forte na natureza animal. Os zoólogos também relatam casos de adoção, onde as mães costumam tomar conta de algum filhote abandonado.

Na Bíblia, os animais foram apresentados à Adão e agrupados por espécies. Como o homem está associado ao processo de criação - descrito por Moisés, os animais recebem proteção divina e em nome da solidariedade das espécies, Deus proibiu o sofrimento inútil dos bichos. Os animais aparecem em diversas religiões como guardiões dos templos.

No Egito, a zoolatria era levada a sério. Um egípcio era capaz de deixar sua casa ser queimada por um incêndio pelo dever em socorrer seu gato. Várias múmias de gatos foram encontradas nos sepulcros egípcios. Para Shiva (divindade indiana) toda a forma de vida é sagrada e não existem diferenças entre os homens e animais. Tanto que a reencarnação dos deuses se dá através da vaca, do elefante e do macaco.

O interesse que o homem sente pelos animais, considerando-o como materialização dos próprios complexos psíquicos e simbólicos, percebe-se nos dias atuais com o zelo dos animais domésticos.

Monica Buonfiglio

 
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