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Yellen alerta para crise que "se retroalimenta" e promete ajuda a necessitados

1 dez 2020 - 16h04
(atualizado às 18h58)
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A indicada pelo presidente eleito Joe Biden para comandar o Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta terça-feira que os EUA estão passando por uma crise histórica devido à pandemia do coronavírus e que sua queda econômica exige ação urgente para evitar uma crise que se "retroalimenta".

Janet Yellen, secretária do Tesouro indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Wilmington, Delaware, EUA.  December 1, 2020. REUTERS/Leah Millis
Janet Yellen, secretária do Tesouro indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Wilmington, Delaware, EUA. December 1, 2020. REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Yellen, que atuou como chair do Federal Reserve, falou em evento em Delaware no qual Biden apresentou formalmente seus principais assessores de política econômica, enquanto se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro em meio a uma economia abalada e perdas de empregos em grande escala.

"É uma tragédia norte-americana e é essencial que avancemos com urgência. A inação produzirá uma crise que se retroalimentará, causando ainda mais devastação", disse Yellen.

Yellen afirmou que a pandemia afetou desproporcionalmente os norte-americanos mais necessitados. Ela acrescentou ser importante garantir que a recuperação econômica não deixe ninguém de fora e prometeu "encontrar um propósito coletivo para controlar a pandemia e reconstruir nossa economia melhor do que antes".

Mais cedo nesta terça-feira, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, havia exortado o Senado dos EUA a apoiar 300 bilhões de dólares em novas concessões para pequenas empresas para evitar que fechem em meio à intensificação da crise de saúde pública.

"Essas empresas não podem esperar dois ou três meses" pela ajuda, disse Mnuchin.

Mnuchin defendeu sua ação de encerrar alguns programas de empréstimo do Fed, uma medida que limitará as opções de Yellen em apoiar os mercados de crédito se ela for confirmada para o cargo pelo Senado após ser nomeada por Biden. Mnuchin disse que sua ação não foi uma "decisão econômica", mas sim baseada na lei de ajuda aprovada pelo Congresso.

PROPOSTA DE ALÍVIO

Enquanto isso, negociações paralisadas sobre um novo pacote de ajuda econômica ao coronavírus ganharam impulso, com um grupo bipartidário de parlamentares lançando uma proposta de alívio no valor de 908 bilhões de dólares.

O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, também disse que estava circulando entre seus colegas republicanos esboços da legislação de alívio que o presidente Donald Trump estaria disposto a sancionar durante suas semanas restantes no cargo.

"Acho que todos sabemos que depois do primeiro dia do ano provavelmente haverá uma discussão sobre algum pacote adicional de algum tamanho", proposto pelo novo governo Biden, disse McConnell.

Ainda não está claro se Yellen seria a principal negociadora para a futura ajuda relacionada ao coronavírus, um papel que Mnuchin desempenhou neste ano sob o governo Trump e em negociações com a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi.

Yellen e outros conselheiros de Biden expressaram apoio ao estímulo do governo para maximizar o emprego, reduzir a desigualdade econômica e ajudar mulheres e minorias, afetadas desproporcionalmente pela crise econômica.

"Prometo, como secretária do Tesouro, trabalhar todos os dias para reconstruir o sonho de todos os norte-americanos", disse Yellen. "Para o povo norte-americano, seremos uma instituição que acorda todas as manhãs pensando em você, seus empregos, seus salários, suas lutas, suas esperanças, sua dignidade e seu potencial ilimitado."

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