Williams, do Fed, diz que perspectivas mais positivas não são suficientes para afetar política monetária
A economia dos Estados Unidos deve crescer ao ritmo mais rápido em décadas este ano, à medida que se recupera da crise causada pela pandemia do coronavírus, mas as condições financeiras não estão nem próximas do nível em que o Federal Reserve (Fed, banco central do país) consideraria retirar seu apoio, afirmou o presidente do Fed de Nova York, John Williams, nesta segunda-feira.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA pode aumentar cerca de 7% este ano após o ajuste pela inflação, implicando no crescimento mais rápido desde o início dos anos 1980, disse Williams. Mas esse "boom" pode não ser suficiente para alcançar o duplo mandato do Fed para inflação e pleno emprego, ele afirmou.
"Está claro que há uma grande mudança na economia e as perspectivas melhoraram", disse durante um evento virtual. "Mas deixe-me enfatizar que os dados e condições que estamos vendo agora não são suficientes para o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto, em português) mudar sua postura de política monetária."
As autoridades do Fed concordaram na semana passada em manter os juros próximos de zero e continuar comprando 120 bilhões de dólares mensais em títulos até que haja "progresso substancial" em direção aos mandatos do Fed de pleno emprego e inflação.