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Williams, do Fed de NY, diz que economia está "o melhor possível" para o banco central dos EUA

6 set 2018 - 15h43
(atualizado às 16h10)
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As condições econômicas atuais estão "o melhor possível" para o banco central dos EUA, disse um importante integrante da instituição nesta quinta-feira, com inflação estável e baixo desemprego permitindo que o Federal Reserve continue elevando os juros gradualmente.

Prédio do Federal Reserve, banco central norte-americano, em Washington, Estados Unidos
22/08/2018 REUTERS/Chris Wattie
Prédio do Federal Reserve, banco central norte-americano, em Washington, Estados Unidos 22/08/2018 REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

"Nós podemos continuar a ser relativamente pacientes e permitir que essa economia continue a crescer", disse o presidente do Fed de Nova York, John Williams, na Universidade de Búfalo. Há "espaço para correr" na atual recuperação, disse ele, particularmente com um fraco crescimento dos salários indicando alguma "folga" restante no mercado de trabalho.

Williams também serve como vice-chair do Fed e tem um voto permanente no comitê do banco central que define a taxa de juros.

O banco central se reúne em menos de três semanas e deve entregar seu terceiro aumento dos juros neste ano, bem como novas projeções econômicas e de política monetária. Uma quarta alta é esperada para dezembro.

Williams disse que ao pesquisar riscos variando do stress nos mercados emergentes a possíveis instabilidades domésticas, considera este um momento "ideal".

"Nós não estamos vendo pressão inflacionária" ao mesmo tempo em que baixo crescimento dos salários significa que há "espaço para correr" na recuperação atual. A inflação está próxima da meta do Fed de 2 por cento e o mercado de trabalho atingiu ou está próximo de chegar ao pleno emprego e não há razão para que riscos financeiros, sejam domésticos ou no exterior, estejam particularmente altos.

Ele minimizou especificamente as preocupações, citadas por alguns de seus colegas, de que uma redução na distância entre taxas de juros de curto e longo prazo possa criar riscos de uma "inversão" da curva de rendimentos se o Fed continuar elevando as taxas de juros de curto prazo.

Inversões, nas quais as taxas de juros de curto prazo ficam mais altas que aquelas de ativos de longo prazo, são vistas como sinal de pessimismo do mercado e tipicamente precedem recessões.

Williams disse que, apesar de aceitar isso como um fato histórico, "não quero aplicar mecanicamente a matemática ou a evidência de períodos anteriores a este". Ele registrou que os trilhões de dólares em títulos no balanço do Fed poderiam impedir que taxas de juros de longo prazo subam.

Algum achatamento é devido ao efeito do relaxamento quantitativo nos rendimentos de longo prazo", disse Williams, se referindo ao programa que levou o Fed a adquirir ativos de longo prazo. Uma curva de rendimentos invertida "seria algo que eu acharia preocupante em si mesmo... eu não vejo uma curva de rendimentos invertida como sendo um fator decisivo em termos do pensamento sobre para onde devemos seguir com a política".

Uma curva de rendimentos invertida "não seria algo que eu acharia preocupante em si mesmo... eu não vejo uma curva de rendimentos invertida como sendo um fator decisivo em termos do pensamento sobre para onde devemos seguir com a política".

Ele disse que apesar dos preços de ativos estarem altos, ele via que famílias e empresas estavam cautelosas sobre gastar, em contraste com os anos antes da crise financeira, em que o aumento dos preços dos imóveis alimentou o consumo via empréstimos imobiliários.

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