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Wall St fecha em queda com tensões comerciais EUA-China; investidor monitora varejo

29 nov 2019 - 16h58
(atualizado às 17h16)
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Os principais índices de ações de Wall Street encerraram em baixa a sessão mais curta desta sexta-feira, com a discórdia entre Estados Unidos e China sobre Hong Kong alimentando a ansiedade dos investidores sobre as negociações comerciais.

O mercado foi afetado ainda pela queda em ações de varejo, depois que as vendas na Black Friday pareceram atrair multidões menores.

Na quinta-feira, a China ameaçou uma retaliação, com medidas potenciais, contra uma lei norte-americana que apoia manifestantes pró-democracia em Hong Kong, incluindo barrar a entrada de autores do esboço da legislação na China continental, Hong Kong e Macau, disse no Twitter um editor do tabloide Global Times, do governo chinês.

E nesta sexta-feira uma reportagem da Reuters citou duas fontes dizendo que o governo norte-americano pode expandir seu poder para interromper mais remessas estrangeiras de produtos com tecnologia dos EUA para a Huawei, da China, em meio à frustração com o fato de que as medidas adotadas não impediram o fornecimento de produtos à maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicação.

O índice Dow Jones caiu 0,40%, para 28.051,41 pontos. O S&P 500 perdeu 0,40%, para 3.140,98 pontos. E o Nasdaq Composto cedeu 0,46%, para 8.665,47 pontos.

Embora o S&P tenha fechado acima das mínimas da sessão, as vendas se intensificaram na última hora de negociação após o noticiário sobre a Huawei.

Todos os três principais índices de Wall Street registraram máximas recordes no início da semana, quando era maior a expectativa de alcance da "fase um" do acordo comercial EUA-China.

No mês, o Dow Jones subiu 3,7% e o Nasdaq subiu 4,5%. Foi o maior ganho mensal dos três principais índices desde junho. O S&P 500 avançou 3,4%.

As notícias entre EUA e China deram "um tom um pouco mais fraco" ao mercado nesta sexta-feira, disse Jack Janasiewicz, gestor e estrategista da Natixis Investment Managers Solutions em Boston.

Enquanto muitos operadores tiraram um dia de folga após o feriado do Dia de Ação de Graças, na quinta-feira, Janasiewicz disse que outros provavelmente ficaram de lado e aguardaram dados econômicos, incluindo o relatório de empregos, a ser divulgado na próxima semana, além de comentários iniciais de varejistas sobre vendas de fim de ano.

Números mostraram diminuição de compradores no começo da Black Friday em lojas físicas em comparação aos últimos anos, sugerindo que as operações online podem ter tirado o brilho do maior dia de compras da América.

"Analisar o volume de tráfego de pedestres não é mais tão revelador. As compras online é que serão. Isso será maior", disse Janasiewicz.

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