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Votação da reforma da Previdência na CCJ e no plenário é adiada para semana que vem

Proposta deve voltar ao colegiado na próxima terça-feira; a presidente da CCJ, Simone Tebet, e o relator do texto, Tasso Jereissati, discordaram da decisão da maioria

24 set 2019 - 11h41
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BRASÍLIA - Em resposta à operação da Polícia Federal realizada contra o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), na semana passada, líderes da Casa decidiram cancelar a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta terça-feira, 24, que votaria a nova versão do relatório da reforma da Previdência e liberaria a proposta para ser votada em plenário. A articulação pela derrubada da reunião foi antecipada pelo Broadcast Político.

Simone Tebet (MDB-MS) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) no Senado
Simone Tebet (MDB-MS) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) no Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Estadão

A cúpula do Senado considerou a ação como "abuso de autoridade". Em uma reunião realizada nesta manhã, 24, com líderes até mesmo da oposição e a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), ficou acertado que a matéria será votada pelo colegiado na próxima terça-feira, 1.º, e pelo plenário da Casa, na quarta-feira, 2.

"O calendário será mantido. Os líderes se comprometeram a votar o segundo turno da proposta em plenário até o dia 10 de outubro, como estava acordado anteriormente", afirmou Simone.

A senadora, no entanto, considerou a manobra um "erro de estratégia" por considerar que a comissão poderia deliberar sobre o tema ainda nesta terça, mesmo que os líderes quisessem ir ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a reunião, ela e o relator da proposta, Tasso Jereissati (PSDB-CE), discordaram da decisão da maioria.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e outros senadores devem ir ao STF para conversar com o presidente da Corte, Dias Toffoli, sobre a suspensão da liminar contra a busca e apreensão realizada no Congresso Nacional, no gabinete de Bezerra.

De acordo com a assessoria de Alcolumbre, o trajeto entre o Senado e o STF será realizado a pé.

Estadão
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