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Volatilidade persiste, juros curtos fecham em queda e longos têm viés de alta

11 jun 2018 - 13h56
(atualizado em 2/7/2018 às 14h54)
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Os juros futuros de curto prazo fecharam a sessão desta segunda-feira, 11, em baixa, enquanto os dos demais prazos encerraram entre a estabilidade e leve alta. As taxas nos vértices intermediários e longos recuavam pela manhã, mas a queda perdeu força à tarde, quando também o dólar voltou a subir ante o real. As atuações conjuntas do Banco Central (BC) e do Tesouro nos segmentos de câmbio e títulos continuaram sendo considerados como principais fatores a ancorar as taxas na maior parte da sessão, mas a situação ainda é delicada. A pesquisa Datafolha, com os números da corrida eleitoral, foi relativizada pelos profissionais do mercado, que viram o resultado como inconclusivo sobre o cenário eleitoral. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerra com taxa de 7,190%, de 7,347% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,71% para 8,65%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou a 9,66%, de 9,58%, e a do DI para janeiro de 2023 encerrou em 11,14%, de 11,07%. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou estável em 11,78%. O gestor de renda fixa da Absolute Investimentos, Renato Botto, afirma que, apesar da queda da maioria das taxas, o mercado segue bastante vulnerável. "O fato de estarem caindo dá a falsa sensação de que a crise acabou, mas não é bem assim. As condições técnicas seguem muito ruins", disse. Segundo o gestor, o alívio está relacionado à grande atuação do BC - que vai ofertar até sexta-feira US$ 20 bilhões em novos contratos de swap cambial - e à mensagem da autoridade monetária. "O discurso de diretores e a própria comunicação do Ilan hoje na entrevista é de que uma pancada nos juros para segurar o cambio não faz parte da estratégia e que vão ficar focados na inflação", argumentou. O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a reforçar, em entrevista ao Broadcast ao Vivo Interativo (serviço de notícias fechado do Grupo Estado) nesta segunda-feira, que a política monetária não vai ser usada para estabilizar o câmbio e sim para manter a inflação dentro da meta. Na entrevista, alguns assinantes perguntaram se o BC elevaria os juros para tentar acalmar o câmbio e ele refutou a ideia. Ilan enfatizou que o colegiado vai continuar acompanhando as expectativas de inflação e que o balanço de riscos prospectivo será avaliado na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Estadão
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