Vale a pena evitar conversas difíceis?
O medo das “conversas difíceis” pode atrapalhar bastante a vida de qualquer pessoa, seja no âmbito profissional ou relacionamentos pessoais
Speakers! Tudo bem?
Hoje, vamos falar sobre um tema que faz parte da vida de todos nós: a tendência a evitar uma conversa difícil.
Isso provavelmente já aconteceu com você, não é mesmo? Quem nunca preferiu mandar um e-mail ou uma mensagem de texto ao invés de conversar pessoalmente? Quem nunca perdeu contato com alguém simplesmente porque não houve uma conversa franca sobre algum desentendimento?
Uma conversa difícil não é necessariamente algo ruim. Por exemplo: você trabalha há anos em determinada empresa e sente que merece um aumento. Falar isso para o chefe pode ser bem delicado, não é mesmo?
“Ok, Lívia. Mas o que isso tem a ver com comunicação e oratória?” Ora, meus caros Speakers, uma boa comunicação é a chave para não precisar mais fugir das conversas delicadas e conseguir expressar tudo o que deseja de forma clara e concisa.
Conversas fáceis e difíceis na internet
Nas redes sociais, isso também acontece. É claro que existem pessoas que parecem usar essas ferramentas somente para criar discussões sem sentido. Mas, ao contrário do que muita gente imagina, é mais difícil manter uma interação genuína em postagens consideradas “conversas difíceis” do que em outros casos.
Um exemplo: quando alguém posta alguma boa notícia no âmbito pessoal, como a chegada de um filho ou uma mudança de cidade, rapidamente tem curtidas e compartilhamentos nas redes. Primeiro, porque a vida pessoal desperta curiosidade. Segundo, porque essa é uma “conversa fácil”, sem polêmicas.
Mas, se essa mesma pessoa posta algo que propõe uma discussão mais séria, é bem provável que tenha menos likes. Especialmente se essa discussão envolve as pessoas diretamente e critica o que elas estão fazendo sobre o problema.
Imaginemos: uma publicação que mostra como as pessoas podem ser corruptas no dia a dia terá menos likes e interação do que outra mostrando a corrupção de algum governo. Isso porque a responsabilidade deixa de ser o “outro” e passa a ser o “eu”. Em outras palavras: a discussão passa a ser uma conversa difícil.
A grande pergunta é: por que achamos muito mais fácil curtir e participar de conversas positivas nas mídias sociais (aniversários, anúncios importantes, animais fazendo algo fofo...), mas evitamos as conversas que são realmente importantes – as que moldam nosso futuro?
Simples: porque temos medo de expressar nossa opinião. E, aí, amigos Speakers, é que entra a comunicação!
Conversas difíceis e comunicação: o que uma tem a ver com a outra?
Não é verdade que, quando podemos, nos esquivamos das conversas difíceis com amigos, colegas e familiares? Às vezes, mesmo sabendo que a única solução para um problema é uma conversa, é muito difícil falar abertamente sobre um assunto delicado.
A grande questão é que, quando evitamos a todo custo conversar sobre um problema, esse problema vai crescendo, crescendo, até virar uma verdadeira bola de neve. E ninguém quer isso, não é verdade?
Vamos voltar ao nosso exemplo anterior: você trabalha em uma empresa há bastante tempo, está feliz com o seu rendimento e, cada vez mais, sente que merece um aumento, mas não tem coragem de falar isso para o seu chefe, de enfrentar essa “conversa difícil”.
Com o tempo, você se sentirá frustrado e desanimado, guardando essa vontade só para você. Se você não conversa abertamente com o seu chefe, jamais saberá se ele aceita ou não aumentar o seu salário. E tudo isso vai atrapalhando o seu rendimento dentro da empresa.
Quando evitamos uma conversa difícil – seja nas redes sociais ou na “vida real” –, deixamos de expor nossa opinião e passamos a guardar nossas ideias isoladamente, sem saber o que os outros pensariam sobre ela.
E é dessa forma, amigos Speakers, que nascem os preconceitos, sabiam? Quando as pessoas mergulham em uma “bolha de ideias”, sem compartilhar com os outros o que pensam e, sobretudo, sem ouvir o que o mundo tem a dizer, tendem a cultivar preconceitos.
Se evitamos uma conversa difícil e deixamos de mostrar nossos argumentos sobre algo, nos alimentamos de nossas próprias crenças, criando teorias e inflando nosso próprio ego. Tudo isso é prejudicial para os outros e também para nós mesmos, certo?
Por outro lado, se passarmos a enfrentar as tão temidas conversas, usando a comunicação como chave para mostrar ideias e argumentos, temos a chance de ensinar algo aos outros e, principalmente, de aprender o que ainda não sabemos.
Speakers, as conversas difíceis limpam o ar, trazem alívio e, quase sempre, nos levam a um caminho melhor. Lembrem-se disso!
Como usar a oratória em uma conversa difícil
Não importa se estamos falando de uma conversa ou de uma apresentação em público: ser um bom comunicador é essencial para ambas situações. Pensando nisso, esteja atento a algumas técnicas da oratória na hora de ter aquele “papo cabeça” com alguém:
- Seja honesto com o que você acredita: já sabemos que, para fazer uma apresentação inspiradora, é essencial acreditar realmente naquilo que estamos dizendo, certo? Bem, na hora de enfrentar uma conversa difícil, a regra também vale. Seja fiel ao que você acredita e esteja disposto a defender suas ideias com paixão (e humildade!).
- Esteja atento à sua expressão corporal: quando falamos com alguém – seja uma pessoa ou um público lotado –, usamos dois tipos de linguagem: a verbal e a não verbal. Muita gente não dá a devida atenção à não-verbal e esquece de manter uma postura ereta e um semblante agradável. Não cometa esse erro, ok?
- Planeje antes de falar: pode parecer uma piada, mas não é. Antes de iniciar uma conversa importante com alguém, treine o que você quer dizer. Se possível, em voz alta. Pense em possíveis contra-argumentos que o outro poderá trazer e saiba como refutá-los. Pratique!
Viram como a oratória nos ajuda em todos os momentos, Speakers? Continuem praticando e estudando que, com certeza, as “conversas difíceis” ficarão mais fáceis com o tempo!
Fontes: