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Prevenção e qualidade de vida ganham espaço na gestão

2 jul 2018 - 14h42
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O foco na prevenção de doenças e a implementação de uma cultura de saúde é, cada vez mais, prioridade nas empresas - e não apenas para aquelas que não dispõem de margens para renegociação de contratos ou de modelos de benefícios. Programas de identificação de doentes crônicos e específicos para gestantes ou pacientes ortopédicos agregam produtividade e acarretam em gastos menores. "São esses acompanhamentos que vão fazer as empresas diminuírem a curva de gastos", diz Mariana Dias, diretora da consultoria Mercer. "Como é difícil calcular o retorno dos planos, é importante a atuação dos setores de RH para conscientizar os níveis diretivos de que é importante a prevenção e que ela beneficia a todos", afirma. Segundo ela, o retorno vem no longo prazo. "É um investimento que reduz o que chamamos de custo evitável. Evita-se que cresça mais do que o necessário", conta. Proximidade. A Avon é uma das empresas que vêm gerenciando de perto esses custos. Ela implantou, em 2015, um modelo de gestão de saúde para mapear o perfil de seus colaboradores. Com base em dados, a empresa revisou todos os seus programas na área. "Nossa preocupação é ter uma cultura de saúde e sensibilizar os indivíduos de forma educativa, modificando hábitos para evitar o adoecimento", afirma a gerente de saúde Meire Blumen. Em sua fábrica em Interlagos e nos centros em Cabreúva (SP), Simões Filho (BA) e Maracanaú (CE), a Avon possuía ambulatórios médicos que foram expandidos. "São locais para manter a saúde e tirar dúvidas", diz Meire. Nos centros, há médico generalista, ginecologista, nutricionista, fisioterapia e consultório odontológico. "Com esse trabalho preventivo, já conseguimos evitar muito do uso indevido do serviço de pronto socorro", afirma Meire. Mapeamento. Em movimento similar, a Tigre dispõe de corpo médico nas unidades em Rio Claro (SP) e em Joinville (SC). Como resultado do programa e do mapeamento de dados, teve redução de 6% em internações e de 11% em pronto socorro em um ano. "Vamos acertar muito mais conhecendo quase 100% do nosso público", diz Thiago Moro, responsável por saúde coletiva da empresa. As formas de se ampliar a consciência dos colaboradores em relação ao uso dos serviços médicos variam. "No passado parecia que as empresas tinham vergonha de falar sobre esses temas. Hoje, ajudamos com palestras e campanhas de conscientização. São serviços que têm um cunho estratégico importante", diz Mariana. É fundamental pensar na diversidade dos grupos a serem conscientizados. "Executivos têm a atenção capturada de formas diferentes de funcionários de fábricas. A comunicação deve ser estudada caso a caso."

Estadão
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