Microempresas é que sustentam ‘cidade oficial’ do Papai Noel
Rovaniemi, na Lapônia, abriga cerca de 3 mil empreendimentos, a maioria tocada por pequenos proprietários
O superstar é um só, mas a constelação que movimenta a cidade “oficial” do Papai Noel é formada por inúmeras pequenas empresas. Em boa parte por isso, Rovaniemi, na Lapônia (centro-norte da Finlândia), tem mostrado crescimento consistente, na avaliação da Agência de Desenvolvimento Regional do município.
Vale a pena apostar em franquias de baixo investimento?
A agência estima que haja 3 mil empresas no local, e que anualmente mais 100 a 150 abrem as portas. A maioria é de microempreendedores. “A situação econômica é muito boa. Muitos setores continuam crescendo mesmo com a profunda recessão mundial”, disse o CEO da entidade, Juha Seppälä, em entrevista recente ao jornal Finland Times.
Um dos segmentos mais importantes é o turismo. Especificamente, as atividades ligadas ao Natal e ao Papai Noel, baseadas numa construção de marca que teve início na década de 80. A estratégia partiu de dois pilares: o mapa da cidade (reconstruída após a Segunda Guerra Mundial em forma que lembra uma cabeça de rena) e a lenda de que o bom velhinho vive no Polo Norte.
Assim, em 1984 o Conselho de Turismo da Finlândia declarou a Lapônia como terra oficial do Papai Noel. Em 1985, foi inaugurada a Vila Santa Claus, próximo de Rovaniemi. A partir de então, empresas, lojas, hotéis e – fundamental – postos dos Correios exploraram o tema. Hoje, a cidade de cerca de 60 mil habitantes recebe 500 mil turistas por ano.
Papai Noel, renas, duendes e lendas natalinas respondem por boa parte desses números. Mas os visitantes são atraídos ainda pela aurora boreal e por esportes de neve (a temperatura média da cidade ronda o 0 grau, e no inverno a rua é mais gélida que o freezer).
Um balanço da prefeitura aponta que 38,4% dos postos de trabalho são ocupados por pessoas do setor privado de serviços. Como o município é também capital da província da Lapônia, os serviços públicos apresentam fatia igualmente relevante (39,2%). Peso menor têm a indústria (14,2%) e a agricultura (2,5%).