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Fábrica de caixas d’água cresce 10 vezes com falta de chuvas

Empresas contratam novos funcionários e intensificam a produção para atender a demanda no estado de São Paulo

24 nov 2014 - 08h00
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Crise hídrica está acabando com os estoques de caixas dágua no estado de São Paulo
Crise hídrica está acabando com os estoques de caixas dágua no estado de São Paulo
Foto: sunipix55 / Shutterstock

Se para alguns setores da economia a crise hídrica no estado de São Paulo está sendo um pesadelo, para outros a falta de chuvas está se revelando uma verdadeira bênção. É o caso dos fabricantes de caixas d’água, que estão não apenas vendendo mais unidades, como tendo de fazer uma série adaptações para dar conta da nova demanda, incluindo a contratação de novos funcionários.

O melhor exemplo do bom momento vivido pelo setor é a Faz Forte, localizada no município de Birigui, no interior de São Paulo. Até o início do ano, a empresa tinha um porte bastante modesto e contava com apenas seis funcionários. No entanto, desde que o nível das represas começou a baixar, as vendas dispararam.

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“Tivemos um grande arranque nas vendas, que aumentaram dez vezes. Por conta disso, o número de empregados também aumentou, passando para 50. Foi um grande choque e estamos em fase de adaptação para crescer ainda mais no próximo ano”, afirma Tokuo Yai, consultor organizacional que foi contratado para auxiliar a empresa a se adaptar à nova realidade.

O aumento na produção também impactou os prazos de entrega, que passaram de 20 para 60 dias. Além disso, a empresa, que antes contava com apenas um caminhão para levar as caixas d’água aos clientes, hoje possui cinco, e planeja chegar a 12 em breve. “Tivemos até de comprar um novo terreno apenas para acomodá-los. Também adquirimos um novo barracão para poder produzir mais e ampliamos nosso leque de produtos, para atender a todas as demandas”, completa.

Situação semelhante, mas em escala menor, vive a Makrocaixa, situada no município de Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo, que produz caixas d’água de 250 litros a 20 mil litros. As vendas cresceram 75% apenas este ano, o número de funcionários praticamente dobrou, passando de 23 para 43, e a empresa adotou um segundo turno de trabalho. “Tínhamos um grande estoque, com cerca de 30 peças de cada tamanho. Hoje muitos modelos estão esgotados e com um prazo de entrega de 15 dias”, afirma a gerente de vendas Samanta Ribeiro.

Fonte: PrimaPagina
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