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Especialista dá dicas de como montar uma microcervejaria

Cofundador do Instituto da Cerveja Brasil explica o que é preciso fazer para se aventurar no mercado nacional de bebidas artesanais

10 set 2015 - 07h00
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Nos últimos anos ficou cada vez mais comum para o brasileiro se deparar com rótulos de cervejas artesanais em supermercados, restaurantes ou bares. Atentas a este fenômeno, muitas pessoas investiram no setor, e hoje o país já conta com mais de 200 microcervejarias, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). Apesar do grande crescimento deste mercado, Estácio Rodrigues, cofundador do Instituto da Cerveja Brasil – centro de formação cervejeira fundado em 2010 na cidade de São Paulo – , acredita que ainda existe espaço para empreender, pois o potencial do setor não está esgotado.

Como uma pequena empresa pode atrair e reter talentos?

“Ainda é uma boa área para se investir, pois as microcervejarias correspondem a apenas 0,7% do mercado. Os brasileiros estão começando agora a conhecer os diferentes estilos de cerveja. Não é apenas uma moda”, argumenta.

Para Estácio Rodrigues, capacitação e redução de custos são os principais trunfos para quem quer investir em microcervejarias
Para Estácio Rodrigues, capacitação e redução de custos são os principais trunfos para quem quer investir em microcervejarias
Foto: Divulgação

De acordo com o especialista, o primeiro passo para quem quer investir em uma microcervejaria é se capacitar. Mesmo não sendo um pré-requisito, ele acredita que isto ajuda a conhecer sobre o setor e o processo produtivo.

“Uma coisa é fazer de forma caseira. Outra é saber mexer em um grande equipamento. Quem começa de forma empírica encontra muito mais dificuldades. Além disso, você precisa conhecer do tema para explicar ao seu cliente o porquê de ele estar pagando R$ 25, e não R$ 5, em seu produto”, afirma.

Estácio acrescenta que os cursos também são uma grande oportunidade para se fazer networking, conhecendo futuros parceiros, sócios e fornecedores. Eles vão ajudar no passo seguinte, que é buscar uma boa matéria-prima e equipamentos de qualidade.

“Existem fornecedores muito bons no Brasil. A única coisa que temos de importar é o lúpulo, pois aqui não existe clima propício. Quanto aos equipamentos, o único problema é que temos poucos fornecedores, e a lista de espera para montar a planta de uma cervejaria pode superar um ano”, alerta.

Outro problema que o futuro empresário do setor vai ter de enfrentar é a alta carga tributária, que acaba elevando os custos e fazendo com que a bebida chegue ao consumidor com um preço elevado.

“O grande desafio é encontrar meios de tornar sua bebida mais acessível. Um caminho interessante é buscar acordos mais vantajosos com fornecedores. Isso pode ser obtido com um melhor planejamento, que possibilite realizar compras anuais, por exemplo, ou com negociações em grupo, por meio de cooperativas”, sugere.

Fonte: PrimaPagina
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