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Empreender exige autoconhecimento, dizem especialistas

Profissionais de coaching recomendam avaliar habilidades e interesses antes de abrir um negócio próprio

24 jun 2014 - 08h00
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Antes de empreender, é preciso detectar quais são suas habilidades e interesses, dizem profissionais de coaching que ajudam quem quer se tornar empresário
Antes de empreender, é preciso detectar quais são suas habilidades e interesses, dizem profissionais de coaching que ajudam quem quer se tornar empresário
Foto: Shutterstock

Muitos brasileiros querem ser donos do próprio negócio. Isso requer, no entanto, bem mais do que a mera vontade de não ter mais chefe. Um passo fundamental é avaliar o que, exatamente, se pretende montar, e em qual área. “É necessário um diagnóstico de si para traçar um perfil do tipo de empreendedor ele pode ser”, afirma o consultor Henri Fernandes Cardim, diretor da HFC Consultoria e Treinamento, que faz um trabalho conhecido com coaching.

Na mesma linha, o coaching Rodrigo Cordelini, especializado em startups, recomenda que, antes de abrir um negócio, a pessoa entenda “quais são seus interesses pessoais, o que gosta de fazer na vida, quais seus objetivos. É necessário se descobrir”. Esse processo, segundo ele, torna-se ainda mais importante para os que vêm de uma carreira executiva e “passaram muitos anos amarrados à alma da empresa na qual trabalham”.

Um dos objetivos dessa autoanálise é saber se o perfil do empreendedor condiz com o negócio que ele quer iniciar. “Uma vez, atendi o filho de um industrial que queria empreender na mesma área do pai”, lembra Cardim. “Mas, no processo de coaching, vimos que ele era muito técnico, tímido, não tinha o perfil para o ramo. Acabou investindo numa franquia de diagnóstico de imagem, que exige justamente uma ótima formação, mas sem envolvimento direto.”

A pressa, avisa Cordelini, é inimiga do empreendedor novato. “É preciso ter calma, segurar a bola, ver se quer genuinamente ser um empresário.” Muita gente quer se arriscar como empresário por estar incomodado com sua situação de trabalho – o que, por si só, não significa perfil empreendedor. É ilusão achar que não haverá chefes. Como alerta Cardim, quem se lança nessa área deixa de ter um chefe para ter muitos: os clientes.

Abrir uma empresa demanda, segundo Cardim, uma “visão mais totalizante”. Como explica Cordelini, “o empreendedor passa a ter de pensar em várias coisas que nunca pensou”. “As pessoas pensam só no dinheiro, mas, para abrir um negócio, é preciso ter um propósito, pensar onde quer estar daqui a cinco anos”, diz Cordelini.

Fonte: PrimaPagina
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