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Empreendedorismo traz autonomia e criatividade à criança

12 out 2015 - 07h00
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Quando se fala em ensinar empreendedorismo para crianças, muitos pais podem torcer o nariz, acreditando ser muito cedo para que os pequenos conheçam o universo dos negócios. Porém, muito mais do que falar sobre burocracia, as aulas sobre o tema ajudam com que os jovens aprendam na prática os conceitos de ética, cidadania, espírito de grupo, protagonismo, competição leal e sustentabilidade.

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É o que acontece na Oficina de Negocinhos – Empreenda Sonhos, localizada na cidade do Rio de Janeiro. A empresa, criada em abril de 2014, oferece cursos de empreendedorismo para crianças em escolas e empresas, além de formar professores para abordar esse tema junto ao público infantil.

Ensino de empreendedorismo também ajuda crianças a enxergar sentido prático para o que elas aprendem na escola
Ensino de empreendedorismo também ajuda crianças a enxergar sentido prático para o que elas aprendem na escola
Foto: Solis Images / Shutterstock

Segundo Ana Biavatti, proprietária do negócio, o ensino de empreendedorismo nessa fase da vida é importante por estimular uma série de comportamentos, valores, atitudes e habilidades. “Empreender vai muito além de abrir uma empresa. É você ter um sonho, se planejar, agir e conquistar o seu objetivo. Envolve nossa capacidade de resolver problemas e nosso espírito criativo”, diz.

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Ela ainda afirma que é possível transmitir conteúdos curriculares junto com o ensino de empreendedorismo. “Com isso, as crianças enxergam um sentido prático para o que elas aprendem na escola, e acabam se sentindo muito mais motivadas.”

É o que faz, por exemplo, o projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos, do Sebrae. A iniciativa, que hoje é nacional, foi idealizada pela regional paulista da entidade e já atendeu, apenas em São Paulo, 190 escolas, capacitando 1.191 professores e impactando 26 mil alunos do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental.

“Quando os ensinamos a montar cartazes, trabalhamos com marketing do ponto de vista do empreendedorismo, mas também ensinamos arte. Quando falamos sobre precificação, eles também aprendem numerais. Relacionamento com os clientes envolve Português, por exemplo. Já as questões de sustentabilidade, biologia, e assim sucessivamente”, explica Daniela Manzini, analista de cultura empreendedora no Sebrae-SP.

Os conteúdos de empreendedorismo podem ser transmitidos de diversas formas. No caso da Oficina de Negocinhos – Empreenda Sonhos, Ana afirma que a opção é por privilegiar tanto os meios lúdicos, como jogos e brincadeiras, como os tradicionais. “Trabalhamos com leitura, pois achamos importante estimular isso na criança. Mas também temos quebra-cabeça, jogo da memória e jogo de tabuleiro abordando diferentes temas.”

Do ponto de vista dos pais, Daniela acredita que o mais importante seja ouvir a criança e evitar tolher a liberdade criativa proporcionada pelo ensino de empreendedorismo. “Se os pequenos aprendem sobre o poder da autonomia na escola e encontram uma realidade diferente dentro de casa, vivenciam dois universos em conflito. Já os educadores não podem cair no erro de fazer os projetos pelas crianças. É preciso que elas se apropriem daquilo, mesmo que executem de um modo diferente do que foi idealizado”, conclui.

Fonte: PrimaPagina
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