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Blog The Speaker

Desastres da oratória – Parte II

Quando digo “desastres de oratória”, me refiro a todos os hábitos que podem prejudicar (e muito) a performance de um comunicador.

30 jul 2018 - 04h00
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Speakers! Como vocês estão?

Se vocês chegaram até aqui, é porque provavelmente já leram o nosso último post sobre os desastres da oratória, correto? Quando digo “desastres de oratória”, me refiro a todos os hábitos que podem prejudicar (e muito) a performance de um comunicador e que acabam sendo mais comuns do que imaginamos.  

Já vimos, no post anterior, alguns desses tais “desastres”, com destaque para o uso do humor de forma preconceituosa, o plágio e o desconhecimento em relação às características do público e do evento no qual acontece a apresentação.

Na nossa conversa de hoje, separei outros desses desastres, que devem ser evitados por todos aqueles que querem ser bons comunicadores. Confiram!

Foto: Shutterstock

1. Decorar o discurso

Tentar decorar o discurso e/ou o conteúdo de uma apresentação em público é um dos grandes desastres da oratória, mas é, ao mesmo tempo, um dos erros mais comuns cometidos por quem ainda não recebeu as orientações necessárias para aprimorar as habilidades de comunicação.

Bem, mas por que decorar a nossa fala não é uma boa ideia? Por vários motivos, Speakers! Um comunicador que decora a sua fala tem tendência a se preocupar todo o tempo em seguir o roteiro que planejou, o que aumenta o seu nervosismo e a pressão que impõe sobre si mesmo.

Por outro lado, ao focar tanto em tentar reproduzir as palavras exatamente como decorou, esse comunicador perde a sua espontaneidade e se torna praticamente incapaz de interagir com o público. Com isso, dificilmente a apresentação será boa. Provavelmente, o que a plateia verá é alguém mecânico, que apenas reproduz frases sem realmente criar uma interação com as pessoas que o escutam.

2. Abusar dos tecnicismos

Os tecnicismos – ou expressões de nicho – são aqueles termos utilizados apenas em determinados contextos, geralmente relacionados a alguma profissão ou área específica. Esses termos, na maioria dos casos, não fazem parte do vocabulário popular e são inacessíveis para quem não teve a mesma formação.

Sendo assim, um dos desastres da oratória é, justamente, abusar dessas expressões durante as exposições orais ou mesmo no dia a dia. Como eu costumo dizer aqui na The Speaker, a ideia de que falar bem é falar difícil é completamente retrógrada, sendo que, sempre que possível, o melhor é optar pelo simples.

Afinal, do que adianta uma apresentação se as pessoas não entendem o que o comunicador diz, não é verdade?

3. Os vícios de linguagem

No Brasil, assim como em outros países, existem vários sotaques. Cada região do país tem a sua própria maneira de se expressar, ainda que todos falem em português.

Algumas pessoas confundem os sotaques com os chamados vícios de linguagem. Se bem é verdade que, hoje, o mito da neutralidade (que definia um jeito correto de falar o português, teoricamente sem sotaques) já ficou para trás, os vícios de linguagem são prejudiciais e não estão necessariamente relacionados ao lugar aonde moramos ou crescemos.

É muito difícil encontrar alguém que, naturalmente, não tenha vícios de linguagem. Alguns dos mais comuns são, por exemplo: “né?”, “tá?”, “ok?”, “daí”, “aí”, “então”, “éé”, entre outros. Essas expressões podem ser um desastre de oratória, especialmente se, inconscientemente, o comunicador as utiliza em excesso.

Quem já assistiu a uma apresentação na qual o comunicador tinha um desses vícios bem acentuados sabe que essa repetição pode ser bastante irritante e, em muitos dos casos, desvia a atenção do público, que passa a notar mais a presença desses vícios do que o conteúdo em si.

Às vezes, temos alguns desses vícios e nem sequer sabemos. Por isso, vale a pena praticar as apresentações com antecedência, gravando a fala e escutando depois, na intenção de verificar a presença dessas expressões e trabalhando para eliminá-las do vocabulário.

4. Descuidar da linguagem não-verbal

O conteúdo de uma apresentação é fundamental. Disso, ninguém tem dúvidas. No entanto, grande parte das pessoas se preocupa tanto com o conteúdo, que acabam deixando de dar atenção para outros aspectos da comunicação, relacionados à linguagem não-verbal.

Eu poderia fazer um post somente com os desastres de oratória diretamente ligados à linguagem não-verbal, mas, entre os principais, posso destacar que os mais “desastrosos” são, sem dúvidas, o mau uso da voz e da gesticulação, a incapacidade de manter contato visual e uma postura equivocada.

Todo esse “pacote” consegue prejudicar bastante a performance durante uma apresentação, independentemente do quão brilhante foi o conteúdo preparado pelo comunicador. Por isso, vale muito a pena estudar mais sobre a comunicação não-verbal e, assim, evitar esses desastres de oratória.

Speakers, se vocês querem saber quais são outras ações e hábitos que prejudicam a performance dos comunicadores durante situações de exposição de fala, uma boa ideia é investir em um curso de oratória. Aqui na The Speaker, temos diversas modalidades, tanto presenciais quanto online. Entre em contato e faça a sua consulta!

Fonte:

www.thespeaker.com.br

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