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Big data ajuda pequena empresa a entrar na mente de clientes

Tecnologia de análise de dados é estratégica para negócios de menor porte concorrerem em pé de igualdade com os grandes

29 set 2014 - 08h09
(atualizado às 09h32)
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Ferramentas de análise de metadados permitem que pequenos e médios empresários tenham acesso a informações antes restritas às grandes corporações
Ferramentas de análise de metadados permitem que pequenos e médios empresários tenham acesso a informações antes restritas às grandes corporações
Foto: Watcharakun / Shutterstock

A crescente quantidade de informações geradas e compartilhadas em diferentes plataformas eletrônicas e digitais abriu um novo mundo para os negócios. Hoje, por meio de softwares capazes de localizar, analisar e processar volumes gigantescos de dados em poucos segundos – tecnologia conhecida como “big data” –, as empresas já conseguem descobrir informações sobre seus potenciais clientes que até pouco tempo eram praticamente inacessíveis. Com isso, empreendimentos de menor porte estão começando a ter acesso a um universo antes monopolizado pelas grandes corporações: a possibilidade de mapear os gostos e hábitos de consumo da população.

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“O mais interessante de todo esse fenômeno para as startups e pequenas empresas é um nivelamento dentro do jogo dos negócios. Antes de termos essa abundância de informações, somente quem podia ter conhecimento maior em relação ao consumidor eram as grandes empresas”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da Big Data Corp, empresa carioca que oferece serviços de análise de metadados – nome técnico do “big data” em português.

O que Rodrigues oferece a seus clientes são as tecnologias e a expertise necessárias para rastrear milhões de bancos de dados em busca das informações que uma empresa deseja. A pesquisa começa com uma pergunta, explica ele. A seguir, são definidas estratégias de análise de dados para se chegar a respostas. Estas, por sua vez, geram novas perguntas, e assim sucessivamente, até que a ferramenta retorne um determinado número de dados estratégicos para a empresa.

Algumas das tecnologias utilizadas para fazer esse tipo de rastreamento e análise de dados estão disponíveis para qualquer pessoa.  “Existem ferramentas gratuitas para analisar essas informações, o que permite que qualquer empresa possa fazer um estudo de mercado e de clientes”, afirma Rodrigues. Mas para se chegar às respostas desejadas é preciso fazer as perguntas certas, por isso o empresário deve ter conhecimento específico sobre o que pretende analisar ou buscar um especialista para orientar a pesquisa.

“A informação sozinha não vale nada. Nós trabalhamos justamente na coleta e qualificação desses dados”, explica Rodrigues. Segundo ele, o custo do serviço de “big data” varia de acordo com o trabalho a ser feito e o nível de profundidade de informação a que se pretende chegar.

Mil e uma utilidades

As ferramentas de “big data” podem ser usadas por praticamente qualquer negócio, e a tecnologia abre inúmeras possibilidades para pequenos e médios empresários. Um dos usos mais comuns é mapear hábitos de consumo para traçar estratégias de vendas. Foi o que fez, por exemplo, uma empresa de varejo que queria saber para quais times de futebol seus clientes torciam para fazer uma promoção baseada nisso, mas não queria perguntar diretamente para não incomodá-los, conta Rodrigues. A partir da lista dos clientes, a empresa usou ferramentas de análise de metadados para observar os perfis desses consumidores descobrir como eles interagiam com suas equipes do coração. Assim, conseguiu traçar a melhor estratégia de negócios.

Empreendedores também podem se beneficiar da tecnologia para planejar o futuro da empresa. “Qualquer estratégia tem de levar o conceito do ‘big data’ em consideração. Há muito tempo se fala sobre o poder da informação, mas pouco se usa, de fato, como uma ferramenta primordial do negócio”, opina Rodrigues.

Uma aplicação prática do “big data” para “prever o futuro” é na hora de planejar compras futuras ou administrar o estoque de uma loja. Para evitar ficar com produtos encalhados, uma sapataria, por exemplo, pode analisar seu histórico de vendas para saber quais números e modelos têm mais procura em uma determinada época para planejar o estoque a partir de dados. As ferramentas de “big data” são tão abrangentes que é possível até usar dados meteorológicos para, por exemplo, saber qual é o melhor momento para ter galochas e guarda-chuvas no estoque, por exemplo.

Outra possibilidade que a tecnologia oferece é conhecer melhor a concorrência. Uma loja de roupas pode usar a análise de metadados para saber quais são os estabelecimentos rivais na região onde atua, quem são seus potenciais clientes e até analisar custos operacionais.

Também é possível vasculhar bancos de dados para descobrir qual é a percepção que os clientes têm da própria empresa. Para isso, é só pegar informações de jornais, revistas e blogs para saber onde as pessoas estavam falando de determinada marca, diz Rodrigues.

Por fim, as informações podem ser usadas para melhorar a gestão do negócio. Uma empresa usou o serviço para descobrir quais eram os números de telefone para os quais os funcionários mais ligavam e quais chamadas duravam mais que a média habitual. Essas informações ajudaram a fazer uma revisão de custos e traçar uma estratégia de otimização de processos da empresa, conta o CEO da Big Data Corp.

Fonte: PrimaPagina
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