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Veja repercussão de rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela S&P

11 jan 2018 - 21h38
(atualizado em 12/1/2018 às 08h43)
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A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu nesta quinta-feira a nota de crédito da dívida soberana do Brasil para "BB-", ante "BB".

Ao mesmo tempo, a S&P elevou a perspectiva do rating brasileiro para "estável", ante "negativa".

Veja a seguir comentários sobre o rebaixamento da classificação de crédito do Brasil.

ALBERTO RAMOS, DIRETOR DE PESQUISAS PARA A AMÉRCIA LATINA, GOLDMAN SACHS:

"(O rebaixamento é um) desdobramento negativo, mas era esperado, particularmente depois que a reforma da Previdência foi adiada. Não é notícia nova para o mercado."

"O que precisamos após a eleição (para o Brasil retomar o grau de investimento) é continuidade de políticas, assim como governabilidade. Temos bons formuladores de políticas no momento, mas eles não conseguiram implementar a maior parte da consolidação fiscal."

RODRIGO MAIA (DEM-RJ), PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

"Vamos ver (se rebaixamento dará força à reforma da Previdência). A tentativa do governo de transferir a responsabilidade para o Parlamento não ajuda e não é correto. Precisamos unir esforços."

"O Brasil precisa de muitas reformas e, de fato, a previdenciária é a mais importante. O governo enfraqueceu muito após as denúncias."

JOSÉ FRANCISCO GONÇALVES, ECONOMISTA-CHEFE, BANCO FATOR:

"Não é uma surpresa. O que tem para acompanhar é se isso (rebaixamento) vai funcionar como um incentivo para aprovar a Previdência ou se será um 'agora deixa pra lá'. Acho que não é um incentivo."

"A S&P deve ter tido a percepção de que de sexta-feira para cá piorou (a cena política). O tema do PTB é importante."

"O mercado deve azedar um pouco no curto prazo, ainda tem gente que se emociona com esses rebaixamentos. Mas o grande efeito mesmo ocorre quando um país perde o grau de investimento."

ROBERTO PADOVANI, ECONOMISTA-CHEFE, VOTORANTIM CORRETORA:

"O cenário de mercado não muda muito. A fragilidade fiscal do país é enorme e a incerteza política só reforça esse cenário, que deixa o país absolutamente exposto a uma mudança do humor dos investidores globais.

Mas por enquanto o mercado está tão eufórico com o excesso de liquidez, que não deve ter resultado prático expressivo no mercado."

CARLOS MARUN, MINISTRO DA SECRETARIA DE GOVERNO:

"Muitos reclamam da minha dancinha, mas a verdade é que muitos brasileiros insistem em dançar de olhos vendados na beira do precipício... Recusar a Reforma é brincar com a tragédia."

MOREIRA FRANCO, MINISTRO DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA:

"Isto já estava no horizonte como uma possibilidade, em virtude do processo de votação da Previdência. Creio ser um alerta sobre as consequências econômicas e sociais que a não aprovação da Previdência trará."

ROBERTO TROSTER, CONSULTOR E EX-ECONOMISTA-CHEFE DA FEBRABAN:

"Essa decisão da S&P era mais ou menos esperada, porque houve uma piora nas contas públicas. Mas acho improvável que isso tenha um impacto muito grande nos mercados agora."

(Reportagen de Patrícia Duarte, Aluísio Alves e Bruono Federowski, em São Paulo, e Lisandra Paraguassu, em Brasília)

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