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Varejo e serviços sustentam atividade e economia brasileira cresce 0,47% em agosto, diz BC

17 out 2018 - 08h54
(atualizado às 09h49)
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Os setores de varejo e serviços sustentaram a economia brasileira em agosto e ajudaram a atividade a crescer acima do esperado no período, porém a retomada segue em ritmo lento em meio à instabilidade provocada pelas incertezas com as eleições presidenciais.

8/06/ 2018. REUTERS/Paulo Whitaker
8/06/ 2018. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta segunda-feira, registrou alta de 0,47 por cento em agosto na comparação com julho, segundo dado dessazonalizado divulgado nesta quarta-feira.

O desempenho ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,25 por cento e marca o terceiro mês seguido de avanço.

"Esse resultado e outros indicadores de atividade divulgados anteriormente sugerem um crescimento do PIB do terceiro trimestre superior ao esperado anteriormente. Assim, revisamos a nossa estimativa para o PIB do período, de 0,3 por cento na margem para 0,5 por cento", disse o Bradesco em nota.

Entretanto, o IBC-Br de agosto também destaca a morosidade da economia, uma vez que o índice desacelerou após avanços de 3,45 por cento em junho --resultado provocado pela retomada após forte queda no mês anterior devido à greve dos caminhoneiros-- e de 0,65 por cento em julho.

"Apesar da moderada recuperação da atividade em julho e agosto, nesse estágio do ciclo a dinâmica ainda é fraca e a economia opera com alto grau de ociosidade em termos de utilização dos recursos", apontou em relatório o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

Na comparação com agosto de 2017, o IBC-Br registrou crescimento de 2,50 por cento e no acumulado em 12 meses teve alta de 1,50 por cento, segundo o BC.

Em agosto, tanto as vendas varejistas quanto o volume de serviços aumentaram acima do esperado e tiveram os melhores resultados para o mês em vários anos, com altas de 1,3 por cento e 1,2 por cento, respectivamente, de acordo com dados do IBGE.

Os números, entretanto, não indicam uma aceleração desses setores, em meio a um ambiente no país marcado por fortes incertezas com as eleições presidenciais e o desemprego elevado, o que vem prejudicando tanto o consumo quanto o ímpeto de investimento dos empresários.

Esses fatores, inclusive, pressionaram a produção industrial a uma contração inesperada de 0,3 por cento em agosto na comparação com o mês anterior.

Recentemente o BC piorou sua projeção de crescimento da economia brasileira para 1,4 por cento neste ano, e previu aceleração para 2,4 por cento no ano que vem.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preveem uma elevação de 1,6 por cento do PIB neste ano e de 2,5 por cento no ano que vem. Enquanto isso, a projeção mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB crescerá 1,34 por cento em 2018 e 2,5 por cento em 2019.

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