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Varejista tradicional, Magazine Luiza enfrenta startups em 'guerra dos aplicativos'

Além da gigante dos eletrodomésticos, o Mercado Livre, um dos nomes mais tradicionais da internet no País, também busca diversificação de serviços

16 ago 2019 - 07h11
(atualizado às 07h53)
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Entre as empresas listadas pelo estudo do Itaú BBA como potenciais superaplicativos brasileiros, o Magazine Luiza se destaca por ter origem em lojas físicas. Reconhecido pelo mercado financeiro por ter conseguido fazer o "casamento" entre os meios tradicional e digital, o Magazine agora tem uma ambição bem maior: quer se acotovelar com gigantes da internet para ofertar um app de serviços variados a seus consumidores.

Magazine Luiza reportou lucro líquido de R$ 140,7 milhões no segundo trimestre de 2018
Magazine Luiza reportou lucro líquido de R$ 140,7 milhões no segundo trimestre de 2018
Foto: Divulgação / Estadão

"De 2015 para cá, o Magazine Luiza fez um investimento muito forte em tecnologia", diz André Fatala, diretor de tecnologia da companhia. "Em 2017, a empresa começou a vender por meio de 'marketplace' (plataforma da varejista na qual outros 'lojistas' oferecem produtos), tendo mais de mil vendedores em sua plataforma."

O processo de desenvolvimento de uma pegada maior no mundo online também se refletiu em aquisições. Em 2019, a empresa conseguiu concretizar a aquisição da Netshoes, varejista de moda e artigos esportivos que enfrentava dificuldades financeiras, após uma longa disputa com a Centauro.

A lógica por trás do negócio era tecnológica: com a Netshoes, o Magazine teve acesso a uma grande base de clientes que indicava o comportamento do brasileiro ao adquirir moda pela web. Ou seja: em vez de comprar uma empresa problemática, a varejista teve como alvo os dados da Netshoes.

Segundo Fatala, o direcionamento da empresa é pensar "o Magalu como uma companhia de serviços". Nesse sentido, a estratégia é criar um superapp ainda este ano. Entre os serviços que já estão em desenvolvimento e deverão ser lançados até dezembro, de acordo com o executivo, está a conta digital do Magazine Luiza.

Fatala diz que o app vai ser uma forma de trazer mais demanda à companhia. "Ficar só na parte de venda de eletrodomésticos não traz o usuário com muita frequência (para a plataforma). Com o marketplace e a Netshoes, o cliente hoje consegue encontrar quase tudo o que ele precisa (no Magazine Luiza)."

Carteira digital

Com 20 anos de atuação no Brasil, o tradicional site de e-commerce Mercado Livre está usando sua plataforma de pagamentos Mercado Pago para ampliar seus serviços no Brasil. A conta digital do Mercado Pago, por exemplo, já oferece remuneração do saldo em 100% do CDI para evitar que os correntistas percam dinheiro.

Para reduzir sua dependência da "empresa-mãe", o Mercado Pago também está ampliando rapidamente sua presença em pontos físicos de varejo, onde oferece a seus clientes a oportunidade de pagar pelo celular, via QR Code. Segundo Rodrigo Furiato, diretor do Mercado Pago, a empresa está ampliando sua presença para varejistas como Raia Drogasil e para redes de alimentação como Café do Ponto.

Estadão
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