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Vale reduz estimativa de produção de minério de ferro em 2020

Para 2021, a projeção é de aumento, mas menor do que o divulgado anteriormente

2 dez 2020 - 13h02
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RIO e SÃO PAULO - A Vale reduziu sua estimativa de produção de minério de ferro para uma faixa de 300 a 305 milhões de toneladas em 2020. A projeção anterior era de um volume de 310 a 330 milhões de toneladas da commodity.

Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira, 2, a Vale informa que revisou as projeções anteriores, exceto os valores de produção de níquel, cobre e pelotas para 2020.

Para o ano que vem, a estimativa é de produção de 315 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro. No ano passado, a previsão da companhia era produzir na faixa de 375-395 milhões de toneladas da commodity em 2021.

A companhia reafirmou sua intenção de atingir uma capacidade de 400 milhões de toneladas em 2022, podendo chegar aos 450 milhões de toneladas no longo prazo.

A mineradora realiza nesta quarta seu encontro anual com analistas de mercado, o Vale Day, em que detalha as estimativas. Neste ano o evento, que costuma acontecer em Nova York, é realizado online devido à pandemia do novo coronavírus.

O caminho para superar a produção de 400 milhões de toneladas começa chegando às 350 milhões de toneladas de capacidade ao final de 2021, das quais 206 milhões no Sistema Norte, 77 milhões no Sudeste, 65 mihões no Sul e 2 milhões no Centro-Oeste.

As ações da Vale estão entre as maiores perdas na Bolsa brasileira nesta quarta, mesmo depois de o minério de ferro baterem máxima histórica no mercado futuro por causa de aumento na demanda. Às 12h43, Ibovespa caía 0,34% e os papéis ON da Vale recuavam 3,16%.

Investimentos

A companhia manteve a última estimativa de investimento para 2020, de US$ 4,2 bilhões, divulgada com os resultados do terceiro trimestre. O montante vem se reduzindo ao longo do ano. A primeira projeção divulgada pela Vale no encontro de acionistas do ano passado era de US$ 5 bilhões, depois revisada para baixo por duas vezes.

A estimativa para 2021, entretanto, cresceu em US$ 800 milhões ante o divulgado na ocasião e agora é de US$ 5,8 bilhões, sendo apenas US$ 1 bilhão a crescimento. Para os anos subsequentes, a empresa informou que irá investir US$ 5,5 bilhões, em média, com US$ 1 bilhão para expansão.

Em teleconferência com analistas, em outubro, o diretor-executivo de Finanças da companhia, Luciano Siani, informou que as projeções de investimento sofriam uma influência positiva do câmbio, além de um "efeito covid", como decorrência da postergação de obras.

A Vale estima para 2020 dívida líquida zero e dívida expandida de US$ 10 bilhões. Para 2021, a dívida líquida expandida deve ficar em US$ 8,6 bilhões.

Estadão
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