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Vale planeja concluir atração de sócio para VNC até o fim deste ano, diz CEO

26 abr 2018 - 14h39
(atualizado às 15h18)
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A mineradora Vale planeja encontrar um investidor para seu ativo de níquel e cobalto Vale Nova Caledônia (VNC), localizado em ilha do Pacífico Sul, até o fim deste ano, afirmou nesta quinta-feira o presidente da companhia, Fabio Schvartsman, em teleconferência com analistas.

CEO da Vale S.A, Fabio Schvartsman, durante cerimônia na B3 em São Paulo, Brasil
22/12/2017
REUTERS/Paulo Whitaker
CEO da Vale S.A, Fabio Schvartsman, durante cerimônia na B3 em São Paulo, Brasil 22/12/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

"Com relação ao VNC, os esforços para encontrar um sócio continua, nosso 'deadline' previsto para chegar a uma conclusão sobre esse processo é o fim deste ano", disse o executivo, ao comentar resultados financeiros do primeiro trimestre.

O executivo ponderou que VNC está agora em uma situação diferente, com melhores resultados que anteriormente.

No relatório financeiro do primeiro trimestre, a Vale reportou que a VNC registrou seu melhor resultado pelo segundo trimestre consecutivo, com um Ebitda ajustado de 28 milhões de dólares, refletindo os maiores preços de níquel e cobalto.

No entanto, Schvartsman frisou que ainda não há clareza sobre o futuro do ativo e a Vale ainda não tem decidido se irá continuar com a operação de VNC no longo prazo.

Pesa ainda neste cenário o futuro do segmento de metais básicos, que ainda enfrenta volatilidade dos preços, sem definições concretas sobre um possível crescimento da demanda de níquel e cobalto para carros elétricos.

"Temos nos preparado, através da reformulação da estrutura, da reposição dos nossos custos, de tal forma, que companhia esteja absolutamente preparada para a opcionalidade que poderá vir do crescimento do mercado por causa dos carros elétricos", disse Schvartsman.

O executivo ressaltou que a empresa está colocando em prática uma série de medidas para elevar o desempenho do segmento, permitindo que no futuro ele tenha uma parcela mais relevante nos negócios da companhia brasileira, uma das maiores produtoras de níquel do mundo.

"Em metais básicos, nós continuamos com a nossa estratégia definida, já há algum tempo, de conter a produção no aguardo de uma remuneração melhor de níquel dos mercados."

O diretor-executivo de Metais Básicos, Eduardo Bartolomeo, destacou que a empresa vê necessidade grande de reorganização da estrutura: "nosso foco inicial e primário é botar as pessoas certas no lugar certo, a gente trouxe pessoas do altíssimo gabarito para ajudar a gente... estamos com a equipe completa".

Bartolomeu assumiu a diretoria há cerca de quatro meses, com a missão de trazer melhores resultados para o segmento.

O executivo ressaltou ainda que a empresa não está satisfeita com os preços do níquel, por volta dos 14 mil dólares por tonelada, e trabalha fortemente para manter disciplina de volume de produção em relação a preços e cumprir o orçamento delineado.

"(A ideia é) preparar o cavalo para de fato ganhar a corrida quando o mercado vier para nós de forma positiva como a gente imagina que vai acontecer", disse o executivo.

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