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Usinas brasileiras reduzem hedge de açúcar ao menor nível em 8 anos

7 ago 2019 - 14h41
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Os produtores brasileiros de açúcar fixaram os preços para vendas futuras para apenas 58% de suas exportações esperadas para a atual temporada, o menor nível em oito anos, à medida que cotações baixas reduzem o uso de contratos futuros pelas usinas como uma forma de garantir a receita futura.

Usina de açúcar em Valparaíso (SP) 
18/09/2014
REUTERS/Paulo Whitaker
Usina de açúcar em Valparaíso (SP) 18/09/2014 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

De acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Archer Consulting, as empresas de açúcar do Brasil travaram vendas em relação aos futuros da ICE, em Nova York, ao equivalente a cerca de 11,2 milhões de toneladas de açúcar bruto.

A Archer afirmou que neste momento da temporada passada, as usinas haviam praticado hedge em 68% de suas exportações estimadas do adoçante. O atual nível da fixação de preço através de futuros é o mais baixo desde que a consultoria iniciou a publicação dos dados, na temporada 2012/13.

"Isso mostra que muitas usinas desistiram do hedge", disse Arnaldo Correa, sócio da Archer. Ele afirmou que as usinas estão produzindo mais etanol do que açúcar, devido aos melhores retornos das vendas domésticas do combustível, e adiando qualquer decisão sobre fixar preços e produzir mais açúcar.

Nesta quarta-feira, os preços do açúcar bruto em Nova York caíam 3,5%, para 11,24 centavos de dólar por libra-peso, menor nível desde outubro do ano passado, em meio a fortes vendas em todo o complexo de commodities por conta das incertezas sobre a economia global durante a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

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