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Usiminas deve acelerar investimentos no 2o semestre

28 jul 2017 - 13h15
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A produtora de aços planos Usiminas deve acelerar investimentos no segundo semestre em relação à primeira metade do ano, diante de preparativos da companhia para religamento de alto-forno no início do próximo ano, afirmou o vice-presidente financeiro da companhia, Ronald Seckelmann.

"O investimento para o ano continua indicando 250 milhões a 300 milhões de reais, vai haver uma aceleração forte agora no segundo semestre", disse o executivo em teleconferência com analistas. A Usiminas investiu no primeiro semestre 57 milhões de reais, ante 121 milhões no mesmo período do ano passado.

O executivo lembrou que o religamento do alto-forno 1 da usina de Ipatinga (MG) vai consumir investimentos de 80 milhões de reais. A expectativa é que o equipamento seja acendido em abril do próximo ano.

Questionado por quanto tempo a Usiminas poderá sustentar níveis reduzidos de investimentos, Seckelmann comentou que a próxima grande reforma de alto-forno, o de número 3 de Ipatinga, deverá ocorrer apenas em 2021 e que as linhas de laminação da empresa poderão ficar sem grandes novos desembolsos por alguns anos. "Temos fôlego para manter níveis baixos de investimento ainda por um, dois ou mais anos", disse o executivo.

A Usiminas divulgou mais cedo que fechou o segundo trimestre com lucro líquido de 176 milhões de reais, revertendo resultado negativo de 123 milhões sofrido um ano antes. O Ebitda ajustado foi de 750 milhões de reais, salto ante os 68 milhões registrados no segundo trimestre de 2016.

O presidente da companhia, Sergio Leite, comentou durante a teleconferência que a Usiminas, controlada pelos grupos Nippon Steel e Ternium, está se preparando para iniciar estudos de planejamento estratégico de longo prazo da companhia, algo que até recentemente havia sido interrompido em função das sucessivas mudanças de gestão e da situação anterior de fragilidade financeira da companhia. Segundo Leite, o planejamento "vai levar meses e meses".

Leite, que assumiu a presidência da Usiminas no final de março, afirmou que o atual cenário de preços de aços planos no Brasil é de elevação em função do comportamento dos valores da liga nos mercados internacionais e do câmbio. A companhia anunciou em meados deste mês aumento de cerca de 11 por cento nos preços para o setor distribuidor.

Enquanto isso, na avaliação do presidente da Usiminas, as importações devem se manter nos próximos meses no ritmo de cerca de 100 mil toneladas mensais visto no segundo trimestre, diante da fraqueza da economia brasileira. "A atividade econômica, embora estável, não se recupera", afirmou Leite.

Por conta da escassez de demanda interna, a Usiminas está operando com nível de ociosidade de 40 por cento, disse Seckelmann, algo que dificulta a missão da companhia de elevar o fluxo de caixa positivo de cerca de 100 milhões de reais registrado no primeiro semestre. Para o segundo semestre, a expectativa da Usiminas é ter um fluxo de caixa positivo, "mas nada muito mais alto que no primeiro semestre", disse o vice-presidente financeiro.

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