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Usiminas anuncia alta de 10,7% no preço de laminados a quente para distribuidores

12 jul 2017 - 12h36
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A Usiminas anunciou nesta quarta-feira que elevará em 10,7 por cento os preços de produtos laminados a quente para a rede de distribuição, em uma ação incomum para a empresa que costuma ser discreta sobre reajustes de preços.

A companhia afirmou, em comunicado ao mercado, que o aumento vai entrar em vigor nos próximos dias e reflete "recuperação das cotações no mercado internacional em função da demanda maior por aços planos no exterior".

Segundo fonte do mercado de aço, as rivais ArcelorMittal, CSN e Gerdau ainda não informaram distribuidores sobre reajustes, algo que costuma ocorrer quando uma primeira usina anuncia reajuste.

"É incomum eles fazerem isso... pode ser uma estratégia para deixar claro que vai ter aumento e motivar outras usinas a fazer o mesmo", disse a fonte. "A Usiminas compra placas e a placa subiu de preço junto com a bobina, se não reajustar, ela não opera o laminador de Cubatão (SP) sem perdas", acrescentou.

Procurada, a Usiminas informou que não vai se pronunciar sobre o assunto além do que já informou na comunicação do reajuste. Representantes da CSN, ArcelorMittal e Gerdau não se manifestaram de imediato.

"Estamos achando que este reajuste da Usiminas é meio descabido, porque a demanda está caindo e os preços não estão bons", disse uma representante de uma grande distribuidora de aços planos em Minas Gerais.

As ações da Usiminas subiam 0,6 por cento às 12:27, enquanto papéis da CSN tinham queda de 0,13 por cento após saltarem na véspera 6,5 por cento. Gerdau mostrava desvalorização de 0,64 por cento.

Analistas do BTG Pactual comentaram que a notícia do reajuste da Usiminas é positiva, mas o impacto tende a ser limitado devido ao fato do reajuste ser sobre uma base descontada. O banco tem recomendação "neutra" para o papel.

Para a primeira fonte, para a Usiminas conseguir implantar o reajuste as usinas rivais terão que acompanhar o movimento. "Não existe nenhum movimento ainda das outras usinas, mas este comunicado oficial vai fazer com que elas se mexam. Se elas não acompanharem vai ser difícil a Usiminas implantar", disse a fonte, acrescentando que a diferença de preço atual entre aço nacional e importado (conhecida no setor como prêmio) "está muito pequena".

"Em laminados a quente existe espaço (para reajuste), mas a frio e galvanizados não", disse a fonte.

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