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UE pressiona por uso global mais amplo do euro para desafiar o dólar

5 dez 2018 - 12h13
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A Comissão Europeia publicou nesta quarta-feira propostas não-vinculativas para impulsionar o papel do euro em pagamentos internacionais e seu uso como reserva monetária para desafiar a dominância do dólar.

Notas de euro
16/03/2017
REUTERS/Kai Pfaffenbach
Notas de euro 16/03/2017 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

O movimento segue a decisão dos Estados Unidos de se retirar de um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear. Isso tem forçado muitas companhias europeias a parar de negociar com o Irã para evitar sanções norte-americanas.

A Comissão Europeia instou as companhias e os Estados a aumentarem o uso do euro nos contratos de energia. O órgão disse que estudará a possibilidade de medidas para promover o uso da moeda da União Europeia em mercados financeiros e de commodities.

"A decisão de usar a moeda é, em última análise, tomada pelos participantes do mercado", reconheceu a Comissão. A maneira mais eficaz de ampliar o papel internacional do euro foi reformular a união monetária de 19 países e adotar reformas financeiras que foram bloqueadas durante anos por interesses nacionais conflitantes.

Nos 20 anos desde sua adoção, o papel internacional do euro atingiu seu pico no começo da última década. Seu uso caiu durante a crise financeira de 2007-2008.

Desde então, o euro não se recuperou, e o dólar permanece a moeda mais usada no mundo. Sessenta por cento da emissão de dívida soberana e reservas internacionais de divisas são em dólares. O euro é a segunda divisa global, mas sua participação do mercado é de apenas 20 por cento.

A Comissão admitiu que a dominância do dólar era por causa de sua elevada liquidez, menores custos de transação e seu uso como benchmark em mercados de commodities e derivativos --prerrogativas que dificilmente podem ser desafiadas no curto prazo.

Mas argumentou que um euro mais forte pode ser positivo não apenas para a Europa como também para o resto do mundo, o que "poderia ajudar a elevar a resiliência do sistema financeiro internacional".

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