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UE diz não ter estratégia se China frear exportações essenciais devido a atrito com EUA

13 jun 2019 - 09h57
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A União Europeia disse nesta quinta-feira que não tem uma estratégia clara para garantir o suprimento contínuo de matérias-primas essenciais se a China, a maior fornecedora mundial de terra rara, usar estas exportações como alavanca na guerra comercial crescente com os Estados Unidos.

A Comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que a Comissão Executiva do bloco começou a analisar o assunto com cuidado, mas não desenvolveu uma estratégia clara.

"Certamente é algo que começamos a debater. Ainda não temos uma estratégia para isso, porque é só uma ameaça".

"Mas isto é algo em que precisamos ter certeza de que ainda temos acesso", disse ela em um evento sediado pelo centro de pesquisa Bruegel de Bruxelas. "Esperamos que a guerra comercial não chegue a este nível".

As tensões cada vez maiores entre EUA e China provocaram temores de que Pequim use sua posição predominante de fornecedora mundial de terra rara como alavanca na guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do globo.

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados em uma variedade ampla de produtos para consumo, de iPhones a motores de carros elétricos, e aplicações militares críticas, como motores de jatos, satélites e lasers.

Entre 2004 e 2017, a China foi responsável por 80% das importações de terras raras dos EUA. Poucos fornecedores alternativos têm sido capazes de competir com a China, que abriga 37% das reservas mundiais de terras raras.

Malmstrom disse que a dependência da produção chinesas de materiais essenciais é "um assunto muito complicado" que ilustra o absurdo das guerras comerciais.

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