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Trump: se não for possível nenhum acordo comercial com China, "eu sou um homem tarifa"

4 dez 2018 - 14h31
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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça-feira que se um acordo comercial com a China for possível, ele será feito, mas que se ambos os lados não resolverem as disputas, ele recorrerá a tarifas.

Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China Buenos Aires, Argentina 01/12,/2018. REUTERS/Kevin Lamarque
Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China Buenos Aires, Argentina 01/12,/2018. REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Trump disse que sua equipe de assessores comerciais sob o comando do negociador-chefe com a China, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, determinará se um "real acordo" com a China é possível.

"Se for, faremos ele", disse Trump no Twitter. "Mas se não for, lembre-se, eu sou um homem tarifa."

O presidente republicano disse que não se oporia a uma prorrogação da trégua de 90 dias que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram no fim de semana e que congelará tarifas enquanto um acordo mais amplo é negociado.

"As negociações com a China já começaram. A menos que sejam prorrogadas, elas terminarão 90 dias a partir da data de nosso maravilhoso e caloroso jantar com o presidente Xi na Argentina", disse Trump no Twitter.

Os dois líderes concordaram no fim de semana a um cessar fogo na guerra comercial que, através de tarifas, levou à interrupção de um fluxo de centenas de bilhões de dólares em bens entre as duas maiores economias do mundo.

Trump e Xi disseram que vão segurar a imposição de novas tarifas por 90 dias a partir de 1º de dezembro, enquanto buscam uma solução para a disputa comercial.

O líder dos EUA disse que a China deve começar a comprar produtos agrícolas imediatamente e cortar suas tarifas de 40 por cento sobre importações de carros dos EUA.

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta terça-feira que uma redução nas tarifas chinesas sobre carros e commodities agrícolas e energéticas dos EUA será um "teste decisivo" para ver se as negociações comerciais EUA-China estão no caminho do sucesso.

Os EUA também esperam que a China tome ação imediata para tratar de roubo de propriedade intelectual e transferências forçadas de tecnologia, afirmaram autoridades dos EUA.

"De novo, isso será um acordo real de novo e não que possamos alcançar tudo em 90 dias, mas esperamos ter muito progresso e o presidente Trump estará diretamente envolvido", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, à Fox Business Network nesta terça-feira.

Há muito tempo Trump acusa a China de práticas comerciais injustas que prejudicam norte-americanos e a economia dos EUA.

"Quando pessoas ou países entram para roubar a grande riqueza da nossa nação, eu quero que elas paguem pelo privilégio de fazer isso. Sempre será o melhor jeito de maximizar nosso poder econômico", disse ele nesta terça-feira.

A indicação do representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, para comandar as negociações em vez do secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, coloca no comando um dos mais críticos à China dentro do governo. Trump disse pelo Twitter que Lighthizer trabalhará junto de Mnuchin, Kudlow e do assessor comercial Peter Navarro.

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