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Trump minimiza retaliação da China e diz que ainda não tomou decisão sobre mais tarifas

Governo chinês anunciou nesta segunda-feira sobretaxas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de junho; mesmo com guerra de tarifas, os dois países continuam negociações

13 mai 2019 - 16h49
(atualizado às 17h37)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não está preocupado com a recente retaliação da China, porque o aumento de 10% para 25% nas tarifas sobre produtos chineses por parte do governo americano na última sexta-feira, 10, "amortece" o impacto da imposição chinesa. Os chineses anunciaram nesta segunda-feira, 13, tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos.

"A China tem tirado vantagem dos Estados Unidos por muitos e muitos anos, principalmente na gestão anterior", criticou. Trump conversou rapidamente com repórteres no Salão Oval da Casa Branca antes de se encontrar com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

O presidente americano disse que tomou a decisão de aumentar as tarifas sobre produtos chineses após a China ter adotado "postura inaceitável" de querer renegociar pontos já acordados do pacto comercial entre os dois países. "Estamos em ótima posição agora, e, por isso, ainda não tomei decisão" quanto a tarifas sobre mais produtos chineses, explicou o republicano. Trump ainda afirmou que a retaliação da China mira direto nos agricultores americanos, mas que o governo pretende compensar as tarifas com US$ 15 bilhões de dólares.

Negociações

Questionado sobre quando as negociações entre as duas maiores economias do planeta serão retomadas, o presidente americano não deu resposta afirmativa, mas disse que pretende se encontrar com os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladmir Putin, na próxima reunião do G-20, em Osaka, no Japão, no fim de junho.

Em seguida, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou que Washington ainda está em um processo de negociação comercial com Pequim e disse que a equipe americana ainda está trabalhando para ver quando irá à China para dar prosseguimento às conversas entre os dois países. Os comentários foram feitos por Mnuchin à rede americana CNBC. Ele apontou, ainda, que espera que a China continue a comprar Treasuries. "É um bom investimento", disse.

Estadão
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