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Trump adia elevação de tarifa a produtos chineses

Presidente americano disse que o adiamento, do dia 1.º para 15 de outubro, foi um pedido do vice-primeiro-ministro da China, Liu He

12 set 2019 - 08h05
(atualizado às 10h32)
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WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 12, pelo Twitter que os Estados Unidos vão adiar em 15 dias a entrada em vigor do aumento das tarifas sobre US$ 250 bilhões de importações chinesas. Segundo Trump, a decisão é "um gesto de boa vontade".

Ele disse que o adiamento, do dia 1.º para 15 de outubro, foi um pedido do vice-primeiro-ministro da China, Liu He. Além disso, ainda segundo o presidente, "a República Popular da China vai comemorar seu 70.º aniversário". As tarifas americanas vão subir de 25% para 30% sobre o valor dos bens.

Também na quarta, o governo chinês informou que isentaria de impostos 16 produtos dos Estados Unidos, dias antes de uma reunião planejada entre negociadores comerciais dos dois países para tentar diminuir a escalada de suas tarifas.

As isenções se aplicarão a produtos americanos que incluem alguns medicamentos e lubrificantes anticâncer, bem como ingredientes de ração animal, soro de leite e farinha de peixe, disse o Ministério das Finanças em comunicado em seu site.

Pequim informou em maio que iniciaria um programa de isenção, em meio a crescentes preocupações com o custo da prolongada guerra comercial para sua economia que já está desacelerando.

Alguns analistas veem o movimento como um gesto amigável, mas não o enxergam como um sinal de que ambos os lados estão preparando um acordo. "A isenção pode ser vista como um gesto sincero, mas ainda há muitas incertezas sobre as próximas negociações comerciais. Uma lista de isenção de apenas 16 itens não mudará a posição da China", disse a economista do ING para a China, Iris Pang.

Governo chinês elogia decisão

O Ministério de Comércio da China expressou satisfação nesta quinta-feira, 12, com a decisão de Trump de adiar a cobrança das tarifas.

O porta-voz do ministério, Gao Feng, disse que empresas chinesas começaram a fazer levantamentos de preços de bens agrícolas americanos. Pequim suspendeu as compras desses produtos em agosto, quando a relação comercial entre os dois países sofreu forte deterioração. Os levantamentos de preços, que podem levar os chineses a retomar as compras de produtos agrícolas dos EUA, incluem itens como soja e carne suína.

Segundo Gao, que falou durante coletiva de imprensa semanal, a possível retomada de compras de bens agrícolas pela China não é "uma moeda de troca" nas discussões comerciais. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Estadão
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