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Trabuco assumirá presidência do conselho do Bradesco; banco nomeará novo chefe executivo em março

10 out 2017 - 20h08
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O Bradesco anunciou nesta terça-feira que seu presidente-executivo, Luiz Carlos Trabuco Cappi, será o novo presidente do conselho de administração do banco, acumulando temporariamente as duas funções até março do ano que vem, quando um novo executivo será indicado para comandar o segundo maior banco privado do país.

A troca foi decidida em meio à renúncia de Lázaro de Mello Brandão da presidência do conselho, posição que ocupava desde 1990.

A mudança no Bradesco completa o ciclo de troca de comando nos cinco principais bancos do país, num período de pouco mais de dois anos. Candido Bracher assumiu como presidente-executivo do Itaú Unibanco em maio deste ano.

Um ano antes, Paulo Caffarelli havia sido nomeado como presidente-executivo do Banco do Brasil pelo governo do presidente Michel Temer, que semanas depois também indicou Gilberto Occchi para liderar a Caixa Econômica Federal. Sergio Rial tornou-se presidente do Santander Brasil em setembro de 2015.

Trabuco, 66, está na presidência do Bradesco desde 2009, ele iniciou carreira no banco em 1969. Antes de ser presidente-executivo da instituição o executivo, formado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo, foi presidente da seguradora do grupo. Regra no estatuto do banco impede o acúmulo de cargos.

A escolha do novo presidente-executivo do Bradesco foi adiada dois anos atrás, quando um importante candidato para o cargo, o executivo da área de seguros Marco Antonio Rossi, morreu em um acidente de avião.

Atualmente, vice-presidentes incluindo Mauricio Minas, Alexandre Gluher, Josué Pancini e Octavio Lazari são considerados internamente como possíveis candidatos para a presidência do Bradesco, segundo fontes com conhecimento do assunto.

Brandão, 91, iniciou carreira em 1942, como escriturário na Casa Bancária Almeida & Cia., instituição financeira que se transformou no Bradesco anos mais tarde. Ele sucedeu o fundador do banco, Amador Aguiar, na presidência-executiva em 1981. Brandão seguirá no conselho de administração das empresas controladoras do Bradesco.

No comando do Bradesco, Trabuco liderou um dos maiores processos de fusão do setor bancário do país nos últimos anos, a compra do HSBC no Brasil por 5,2 bilhões de dólares, em 2015.

Em outubro passado, o Bradesco aumentou, de 65 para 67 anos, a idade limite para o cargo de presidente do banco, abrindo caminho para a extensão do mandato de Trabuco, então com 65 anos.

A medida, justificada pelo Bradesco como oportuna para facilitar o processo de integração do HSBC, foi vista também como um voto de confiança dos acionistas no executivo, alvo meses antes da operação Zelotes, que investiga esquema de repasse de propinas para compra de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Em meados deste ano, a 4ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu por unanimidade pelo trancamento de ação contra Trabuco disparada pela Zelotes.

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